quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O que não cabe em 140 caracteres - parte um

Prevendo que toda a trejetória BOATO-EVENTO será uma grande saga, uma novela complexa, cheia de personagens densos (outros nem-tanto) e muitas ações desconexas, vou poc-poquizar e cederei às injurias da sociedade e vou dar um espaço a ela no Blog. E não só a ela, mas a todas que se seguirão até após o mesmo.
Tudo começou quando houve o boato de que essa considerada cantora de R&B só porque é negra, mas é mais pop que minha vó no karaokê - dúvida? vide a foto acima e o conceiro de pop. De lá para cá a desgraça de abateu em dois corações pobres, o meu, que vos fala e do meu amigo Alexandre Mattos. Sim, ele será incluído nessa história, mesmo sem consultá-lo. (Caso vir a desejar, eu posso chamá-lo de Senhor A. ou de algum [s] nome da noite [/s] cognome.
Veio a desgraça da espera pelas datas do show, de boato a verdade, que foi descoberta através do twitter da IVETE SANGALO, reflitão. =x
Desgraça pouca é bobagem, veio a parte do valor do ingresso. Muito caro, caro, pouco caro. Resultado? Impossível de pagar da noite para o dia. Como arranjar 375 reais assim? E a dor no peito de dar todo esse valor para 2 horas de uma maluca cantando e pulando no palco? Mas foi dado. Outra dúvida? Pista vip, pista pobre, cadeira, cadeira longe, atrás do palco. Qual seria o melhor lugar? Cogitou-se até a possibilidade de um ficar tetraplégico e pedir para acompanhar o show, com os amigos do alto do palco. Mas seria irreal, e poderia dar em problemas, fato.
O drama não parou por aí. Outros personagens entraram em cena e eis que o problema maior aconteceu: A FILA.
Primeiro, quando ir para a fila? Por que não a internet? - Sempre dá problema. Então vamos para a fila. Aí, surgiu Daniel. E o pai que nos levou até o local, as 6h da manhã, que ao contrário do prevíamos (e foi sugerido na internet) lá não havia 50 milhões de pessoas esmurrando a porta para a compra do ingresso.
- Beyoncé não é Madonna para isso, disse um. Eu respondi: Morra Madonna!
E entramos na fila. Número 75. O mais tenso foi dito em voz alta.
SÓ TEM GENTE FEIA.
Os que iam se chegando não mudavam muito, eram feios e com outros adjetivos que prefiro não dizer e guardar para mim.
De fato, a Beyoncé vai se assustar.
Horas memoráveis: em um momento, um grupo de quá-quás resolveram ir para o meio do estacionamento e dançaram alguns hits da cantora, como se fossem importantes e devessem aparecer e serem admiradas. Bem, mereceu uma foto e uma discussão sobre o ridículo. O ridículo MERECE aparecer e as vezes faz mais sucesso que o sensato.
Gritos, beijinhos, choros e abraços na hora de comprar o ingresso eram outras coisas que não entendi. Eu achei que fosse problema da minha abstinencia de ídolos. Mas não foi. Realmente, ninguém entendeu. Nem a R&B-denominaded entenderia. Mas na hora de comprar, nós dois fizemos parte dessa joke e ele me abraçou e choramos juntos e vermelhados. Tudo auto-ironia, ironia e, confesso, vontade de confessar o amor que não sentíamos até então e agora nos fazia parte, afinal, mais de 5 horas no Sol, é dignidade de fã.
A volta para casa ainda teve ajuda da moça-dona-do-quiosque da Amoedo, ataques de frutisse do Daniel, insolação, o incêndio no Plaza Shopping, nossa frustrada tentativa de ver Avatar 3D e o coma de horas.

E não foi o fim, a história continuará, pode ter certeza.

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