quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

marcou época.

Imaginem o que é para um estudante de jornalismo a possibilidade de realizar um estágio em uma das mais consagradas revistas de circulação nacional no país, de carreira sólida, apoiada por uma das maiores organizações de comunicação de todo mundo, que é a Globo.
Agora, imagem o que é para esse jornalista-foca poder ir trabalhar numa empresa como estagiário na surcusal do Rio de Janeiro, uma pequena redação com 3 jornalistas apenas. Um curso intensivo de jornalismo opinativo semanal com os melhores profissionais. Poder ver de perto (e produzir) conteúdos - da idealização (pauta) até a apuração e redação, e por fim editoração e transformado em veículo, seja em site, seja em revista.
Senão todos, porque são várias as vertentes e diferentes as direções e os interesses na área de comunicação, a grande maioria dos estudantes teria seus olhos brilhando diante dessa oportunidade única, em todos os sentidos, afinal, UMA SÓ VAGA.
Meus olhos brilharam, mas parecia mistura indelicada com o suor de tanto correr, graças ao terrível engarrafamento que peguei na ponto, me atrasadno em quase 15 minutos, indelicado e desclassificatório, eu cheguei a imaginar. Espero que não. A primeira parte foi comum a todas as seleções de emprego e estágio, apresentação do perfil procurado, da empresa, dos benefícios, o de praxe. Assim como a parte comum de se apresentar, um por um, dos 14 pré-selecionados, que como em um reality-show, disputavam a promissora única vaga e contemplação de campeão. Ego de jornalista ainda nascente, mas já latente. As duas entrevistadas, sendo uma a editora da surcusal da Época no Rio, Ruth de Aquino, foram bem mais felizes e simpáticas do que o Trump ou a versão tupiniquim dele, o Justos.
E pela primeira vez, dentre algumas passagens por salas de R.H. e dinâmicas de grupo, algo especial esteve em voga, todos sairam, sem dúvidas, com a sensação de que já teria valido a pena, pois houve aquela troca tão desejada por todo mundo, o feedback simultaneo, perceptivel seja através de um olhar, seja através de uma crítica ou uma correção. Talento não é o que sobra para as duas, principalmente a Ruth, que conheço seu trabalho, embora não reconheci pessoalmente por näo ser bom fisionomista. E não sabia que além de colunista ela ocupava o cargo de chefia no Rio, erro gravíssimo segundo a mesma, afinal todo mundo tem história.
Desde época de cursinho e vestibulares, eu comecei a ter uma péssima mania, de subjulgar meus concorrentes. Algo horrível, afinal, além de não se saber o perfil desejado pela empresa, não é possível prever o que os outros vão falar. Experiências anteriores contam mais ou menos que vivência? É difícil ter algo palpável em algo tão subjetivo como uma entrevista. Mas o lado bom de subjulgar, é que me acalmo. E se fosse eu o selecionador, avaliaria conforme um perfil determinado e isso tiraria alguns presentes. Mas ainda sim, muita gente boa sobra e concorre, me dando medo e coragem de ir além, demonstrando minhas capacidades. A prova de dinâmica, em grupo, eu cai em um grupo muito bom, todos estavam afinados e muito criativos, talvez por inocência diria que foi um dos melhores grupos do sorteio, já que de acordo com minha atrevida e prepotente avaliação própria, eu cai com os que julguei melhores. Mais dificil? Sim, foi uma competição saudável pra ver quem falava mais e melhor, cada um querendo os espaço e o mérito de ter chegado lá.
A seleção da Época, senão foi uma das melhores de todas, já marcou época, por mais ridículo que seja o trocadilho. E já foi bom de ter participado. Mas sem querer polianamoçar, seria mais contente se meu telefone tocasse. Muito mais.

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