quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lost, ou o que vocês não entenderam, seus burros! ou esse não foi o final de Lost!

Partiu reflexão sobre o final de Lost?
É, gente, vocês são um bando de burros, é isso que vocês são. Entendem tudo errado e vão criticar a galerë que faz Lost. Eles são GENIAIS, ow!
Vocês lembram dos mistérios? Dos 304 mistérios não respondidos, segundo o DARKUFO, mais especificamente. Então, era tudo brinks. Era pra despistar, porque Lost na verdade é uma grande novela espírita escrita por Ivani Ribeiro, psicografada pela Zíbia Gaspareto, sobre o pseudonimo de Calrton e Damon. É isso, gente! Bando de idiotas! Por que é CLARO, o que a gente queria ao começar a ver uma história de uma galerë que cai de avião numa ilha muitcho-loka era descobrir os verdadeiros mistérios da vida e da morte, da existência humana, do amor e da fé. Era óbvio, desde o princípio que era isso que eles queriam. E conseguiram. Que final lindão, né? Tava todo mundo morto nos flashsideways, era tipo purgatório e bastava um esbarrão pra neguinho se dar conta. Fofo, compenetrante!
Esses dias li no twitter uma explicação muito profunda de Lost: qual o nome da série, gente? LOST, logo é pra ficar PERDIDO NA SÉRIE. Se fosse pra dar respostas, seria FOUND. (sim, foi um fã xiita!)

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Agora é sério. Vocês não são burros, não. Quem é burro é essa cambada de fã escrotinho que gosta de fingir de NERDZÃO e sefudeo todos quando viu que a explicação era a coisa mais ridícula, infantil e preguiçosa que já teve na face da terra. OK, eles estarem mortos até que foi legal pra série, mas peraí... QUANDO QUE OS FLASHSIDEWAYS FORAM INTRODUZIDOS? Semana passada, tipoisso. A série que tem anos ficou com as respostas pra lá, como se fosse uma temporada a parte. Mesmo elenco, numa nova aventura muitcho-loka. Tipoisso.
Então, eu agradeço aos roteiristas e produtores por serem escrotos com nós, só para dar um pouco de água na boca nesse bando de fã que se diz inteligente e teve que bater palminha CLAP-CLAP-CLAP (sozinho no teatro, com espaço entre as palmas) para essa história mais #fail que já existiu no planeta. Valeu, meus autores favoritos.


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De verdade, eu não consigo entender como tudo se encaixa. E desde o princípio, eu já sabia como ia terminar, malzae, mas sou gênio. Eu sempre disse: Lost vai terminar de uma maneira mais escrota do mundo, porque os autores NUNCA SOUBERAM ONDE QUERIAM CHEGAR. Vamos engolir isso, por mais doloroso que seja... NUNCA! JAMAIS SOUBERAM.
E desde que apareceu esse monstrinho de fumaça, a coisa degringolou. De Nanotecnologia (que já era irreal, mas pelo menos mais ficçao-científica) foi pra alma vagando pela ilha do carinha que foi jogado pelo irmão no fundo de um riacho com uma luz e uma rolha. OK. SIM, ESSE É O MONSTRO DE FUMAÇA.
Personagens que a gente conhecia desde o começo, histórias que queriamos ver o fim, mistérios a serem revelados foram trocados por visíveis constragimentos e personagens ridículos e pessimamente construidos. E magia, sim, magia explica tudo. Vou comparar mal e porcamente com nossas novelas. Imagina se a Luciana tivesse voltado a andar no último capítulo e falasse fosse tudo por causa de uma LUZ QUE EXISTE DENTRO DOS SERES HUMANOS, MAS OS HOMENS-MAUS QUEREM SEMPRE MAIS. Imagina se o motivo para a Laura roubar tudo da Maria Clara em celebridade fosse porque na ilha tem LUZ QUE EXISTE DENTRO DOS SERES HUMANOS, MAS OS HOMENS-MAUS QUEREM SEMPRE MAIS. Imagina se todos os motivos de QUEM MATOU em uma noveleca brasileira fosse por causa da LUZ QUE EXISTE DENTRO DOS SERES HUMANOS, MAS OS HOMENS-MAUS QUEREM SEMPRE MAIS. Sim, Lost é uma ilha mágica, onde HÁ PESSOAS QUE: 1) não morrem porque tomaram uma água barrenta; 2) não envelhecem. 3) não morrem porque um loirinho canastrão deu uma passada de mão-bem-sacaninha nele. 4) uma fumacinha anda pela floresta matando geralzão e vira homem, bicho, gente morta.
E sabe porque disso tudo? Porque no meio da ilha tem um riacho (QUE NUNCA NINGUÉM TINHA VISTO ANTES, PORQUE NÃO PROCUROU) onde tem uma LUZ QUE EXISTE DENTRO DOS SERES HUMANOS, MAS OS HOMENS-MAUS QUEREM SEMPRE MAIS. Luz porreta!


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Vocês repararam no constrangimento que ficou no ar de TODOS OS PERSONAGENS nessa temporada? CER-TE-ZA que eles foram pagos para dar entrevistas falando que o final era FODA! Porque eles estavam MUITO RIDICULARIZADOS. Todos acharam uma merda o fim, cer-te-za! E o pior foi o Matthew Fox (o Jack) que disse há uns dois anos atrás que sabia como Lost terminava. Será mesmo que os produtores chegaram perto dele e falaram ao pé do ouvido bem baixinho: ó, a ilha é uma LUZ QUE EXISTE DENTRO DOS SERES HUMANOS, MAS OS HOMENS-MAUS QUEREM SEMPRE MAIS? De verdade, vápapu!
Os atores, até os ruins, pegaram os roteiros e acharam o cúmulo da bizarrice tudo. Fato! E olha que a gente achava ruim viagem no tempo! Cara, viagem no tempo é uma coisa CRÍVEL, REALISTA, FOFA e CRIATIVA DEMAIS perto desse fim abaixo do medíocre. De verdade. Eu esperei tanto ser uma alucinação coletiva de todo mundo internado no hospital psiquiátrico, de verdade!

Agora, mais sério ainda. O que a gente viu nessa sexta temporada foi uma outra série, vamos pensar assim. Vamos pensar que o pessoal surtou. Não foi a Lost que conhecíamos. Foi uma besteira que vimos por aí. Feita pelo CW, com direto a Tom Welling voando, ok?
A série mesmo acabou na 5a temporada (para não dizer na primeira, ou na segunda, pensando que foi cancelada e o que a gente viu depois foi tipo flashsideways e a gente tá tudo morto e no céu, todo mundo é otário, ok?). E vamos fingir que a gente ADOROU o lance de viagem no tempo. Que a ilha é uma ilha muitcho-loka com a Dharma pesquisando eletromagnetividade e geral sefudendo. E o sistema de segurança é o monstro, ok? É esse o fim, vamos fazer forcinha. Tá? Aí, a série, apesar de ótima, teria suas falhas. Mas qual não tem. E jamais teria cagado na nossa cara essa 6a temporada escrotissima, que se bobiar, acabou com toda a jornada. Afinal, pressa galerinha mais ou menos, o que importa é a jornada? PALNOKOO DE VOCÊS E BEIJOS.


GO, JULIET, GO! DESTROI ESSA PORRA DE ILHA E FAZ ESSA SÉRIE JAMAIS TER EXISTIDO, OBRIGADO E BEIJÃO!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

minha vida e as novelas

Pode ser coisa de noveleiro, pode ser coisa de quem se apaixona e vive a vida intensamente, mas minha vida está, estranhamente, ligada aos ciclos das novelas. Sempre que acaba uma, começa outra, com outro tema, outra história, outro momento.
Relembrando as últimas quatro novelas, posso contar pra vocês, em A Favorita, eu tive que escolher entre duas pessoas. Escolhi errado, escolhi a Flora. Me ferrei. Em Caminho das Índias, foi um processo meio tenso de recuperar tudo aquilo que eu tinha jogado fora. De Dalit, para Bramane, tipo isso. Conquistei. Vivi paixões rasteiras, sem muito apelo popular e sem grandes intensidade, raras excessões. O povo acabou ficando com o Raj, que seria o vilão.
Ai, quando já tinha tudo, veio Viver a Vida. Vivi. E muito, sem olhar pro lado. Sabe aquela frase de e-mail de fim de ano? "Viva como se não houvesse amanhã, ame como se nunca fosse se machucar, trabalhe como se não precisasse do dinheiro e dance como se ninguém estivesse olhando!" Mas com as ressalvas de Roberta: "não perca de vista que o amanhã existe, machucados doem, o dinheiro traz felicidade e é feio pisar no pé das pessoas...". Não houve nenhum acidente vindo de um fashionshow em Petra, mas superação foi a palavra de ordem. E tudo, leia-se TUDO foi superado. Apesar de morno e sem acontecimentos, Viver a Vida as vezes é isso. Ser normal, ser aquilo que a rotina nos permite, mas ser nós mesmos na maior intensidade que possa existir.
E quem planta colhe bem, já dizia meu amigo viciado em farmville. Amanhã começa Passione. Quer história mais a ver com minha vida? A Itália nunca esteve tanto em destaque na minha vida, nem mesmo na época das ligeiras classes de italiano instrumental na UFJF. E eu estou me apaixonando. E que nos próximos oito meses, ou quiçá a vida toda, eu me apaixone sempre mais. Paixão é isso, né?
Até a próxima novela,
Ass: Alguém que é a declaração física de que a teoria da Agenda Setting é bizarramente real.

domingo, 16 de maio de 2010

El secreto del cinema argentino.

Há pouco tempo, uns dois anos, conheci a maravilha que é o cinema dos nossos irmãos portenhos, que representa muito bem a América Latina, deixando os brasileiros no chinelo, que pouco fogem da convenção/circuito filme-filosofia-puc e globo marcas.
Os filmes argentinos tem a sua capa já vestidos de blockbusters, não há de se negar. Mas é a verdadeira prova (ao contrário de muitos0 de juntar entretenimento de massa com cinema arte. Alguém já fez isso no Brasil? Acho que não.
Não vou falar de Brasil, não cabe aqui. Vou falar de lá, mais precisamente da película do diretor vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, Juan Jose Campanella, O Segredo de seus olhos. Filme bom, muito bom que nos leva para muitas reflexões.
A história? Um funcionário público aposentado não conseguiu viver os últimos 25 anos, por conta de assuntos inacabados do passado e volta a Buenos Aires tentando ligar as pontas de sua vida, escrevendo um romance (ok, é clichê, mas quem disse que é ruim?). Reencontra no meio disso tudo personagens que estiveram ligados aos seus traumas e seus conflitos: o amor de sua vida, a juiza para o qual trabalhou e os personagens de um complicado caso jurídico da época, onde uma jovem garota foi estuprada.
O filme é uma montanha-russa de emoções: os primeiros vinte minutos são de drama, depois se torna um complexo suspense, chegando a um filme policial jurídico com temática política, acabando em um romance complexo e maduro, de nos emocionar e torcer. Afinal, como as vezes não conseguimos ir adiante em nossas vida por causa dos outros, não é mesmo? O filme é isso, com toques de humor, principalmente através do coadjuvante Pablo Sandoval, que dá um charme e leveza a trama pesada, nos fazendo as vezes torcer mais pela paralela que pela central. Um filme de redenção e vingança. Reflexão sobre nós mesmos e o que já vivemos. E um pensamento sobre os pontos-de-vista, afinal, a História jamais é uma declaração fiel ao que se passou, mas sim um relato atual de quem viveu na época, cheio de paixão, que pode modificar todo o enredo. Um filme de paixão, afinal, como o próprio personagem diz: "Pode se mudar de roupa, de amigos, de vida, de religião, até de Deus, mas jamais se pode mudar de PAIXÃO!" Antes de começar a ver, é bom se preparar, afinal, quem conta toda a história é Benjamin, que romanceia sua própria história. Até onde é verdade, até onde não é apenas a sua visão do que se passou, no caso que se lembra.
E para quem curte uma boa direção e um bom roteiro, com excelentes atuações. Um filme completo, com direção de arte muito digna e fiel. Somos levados à Argentina dos anos 70 num só mergulho. Agora, o que mais me conquistou? É a utilização de objetos cênicos como a porta do escritório de Irene e a máquina de escrever sem o A, que dá ao filme um dos mais belos encerramentos. #fikdik, ok?