quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hart of Dixie (ou como se tornar um fã de uma série em apenas dois episódios)


Esse fall-season está só começando, trouxe algumas coisas boas ao meu ver, como The Playboy Club, cancelada. Pan AM é bacaninha, mas uma história confusa, é preciso dar mais crédito. Temos ainda Terra Nova, do Spielberg. Tem dinossauro, mas de computação gráfica. Nada de robôs como Jurrasic Park. Isso perde toda a graça. O enredo é bacaninha, mas não acredito que consiga ir muito longe, pelo menos do jeito que tá. E a audiência tá lá embaixo.
Acho que todas as série deveriam aprender com a novata Hart of Dixie o curso básico de como criar fãs apaixonados por sua história em poucos episódios, no caso, dois. Eu não tenho muita paciência para série do CW. As tramas são frágeis e parecem andar em círculos. Mas dessa vez, eles acertaram em cheio. Dos produtores de Gossip Girl, a trama não tem nada sobre a garota do blog e as meninas do Upper East Side, tirando o fato que a protagonista Dra. Zoe Hart é nascida e criada entre a high-society de Nova York. Zoe é interpretada por Rachel Bison (a eterna Summer de The O.C.). E olha que eu duvidava da capacidade dramática da Mrs. Bison e a pequenina me surpreendeu. E muito. A história, no piloto, é apresentada rapidamente, você descobre coisas que, em outras séries, demoraria temporadas para saber. Mas a rapidez de contar a história não atrapalha em nada o andamento da história, muito pelo contrário, dá a fluidez e o ritmo ideal para uma trama.
A série se qualifica como um drama médico, com um caso ou outro do dia, mas que até agora, estamos com dois episódios exibidos apenas, não é o foco da história. O foco é exatamente na Dra. Hart, uma médica novaiorquina que para entrar em uma residência dos seus sonhos é obrigada a ficar 12 meses trabalhando numa clínica na cidade de Bluebell, no Alabama. Chegando lá, entre outras coisas, ela descobre que é herdeira de uma clínica particular, o que lhe trará problemas, principalmente quando o outro médico Dr. Brick, que utiliza de métodos mais, digamos, simplórios. A briga pela clínica está formada. Assim como a briga pelo protagonista, o galã Scott Porter que interpreta o George Trucker com a mimada Lemon Breeland, interpretada muito bem pela Jaime King. Todo o elenco está muitíssimo afinado e os 40 minutos do episódio passa muito rápido e fica com aquele gostinho de quero mais, sempre.
As tramas prometem muito com o tempo, da mesma forma que andam muito rápidas e sem enrolação. Apesar de estar no segundo episódio, já ocupa lugar garantido na minha Watchlist com cinco estrelas. E é a maior surpresa até então da temporada. Acho difícil alguém bater, virei fã mesmo. Mas né? Os americanos fazem tudo, podem cagar com a série. Mas enquanto fazem isso ser muito bom, vamos acompanhando.