segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Johnlennizando.

Sim, eu vou johnlennizar e vou dizer o quanto a minha vida seria melhor hoje se o mundo fosse um só, sem fronteiras e principalmente, sem fuso horário. Oh, que beleza seria.
Mas houve época em que eu usava ao meu favor, quando calculava que horas seriam no Brasil, para ligar para as pessoas aqui, ou então, que horas eu poderia enganar alguém dizendo que estaria trabalhando e/ou indo dormir porque trabalhava cedo e na verdade estava com péssimas intenções na cabeça. Muitas, mas muitas vezes. Entretanto, é muito ruim ficar do lado de cá da história agora, nem que seja por um segundo ou um dia. E olha que não é nem um milésimo do que era há um ano atrás. É completamente diferente. Muito afinal. Até porque não é nada com que eu possa ter a não ser sonhar. Mas continua sendo uma merda. E das grandes, fazer o quê? O jeito é curtir o momento e neuroticamente trocar todos os dias pelas noites e fazer com que minha vida seja algumas horas a menos ou a mais. Sim, estou apaixonando-me.

fikdik: Uma prova de amor

Dizer que eu acho extremamente chata e pesada a história de O Diário de Uma Paixão sempre gera críticas e polêmicas, pois parece que 9 entre cada 10 pessoas são adoradores do filme, do diretor Nick Cassavetes, que volta em cena com o brilhante "My sister's keeper", ou em português, essebetetizado "Uma prova de amor". Até o momento acho que o tradução não é o principal tema do filme ficando várias vezes incoerente com a proposta do diretor nesse longa que me fez chorar.
Eu poderia odiar esse filme, por causa do dia e da companhia, mas nem odiei. Achei interessante e digno de uma noite agradável no cinema, apesar de que, hoje, quem quiser ver, encontrará em lançamento em DVD. Mas fica uma dica, quando o filme estiver já acabado, e você sentiu essa sensação que já acabou, desligue. Não assista de forma alguma a última cena, forçada e desnecessária, feita para pegar aquela pessoa que ainda não se emocionou com o filme no seu meio. Bem, o único erro do filme, mas é do mesmo diretor de "The Notebook", então não é de esperar outra coisa. Pronto, agora eu apanho de quem lê.
A história é simples e baseada numa notícia de jornal, onde uma jovem entra na justiça e consegue, na suprema corte americana, o direito de ter a emancipação do seu corpo, podendo optar por doar ou não um rim e a medula para a irmã mais velha, que sofre de leucemia em estado terminal. Sim, eu também pensei nisso. Um absurdo uma irmã não querer salvar a vida da irmã. Tal como a mãe da garota pensa no filme, vivida surpreendentemente pela Cameron Diaz e que luta na justiça contra o ato. De que lado você fica? Assista o filme e mude seus conceitos e descubra que um não não necessariamente é o oposto de um sim e que altruísmo e egoísmo, comedidos, precisam andar juntos dentro de nós mesmos. No mais, o elenco é o que mais chama a atenção no filme, principalmente pelo amadurecimento de Abigail Breslin, a eterna Miss Sunshine, que já é a nova princesinha de Hollywood, merecendo cada vez mais sucesso e personagens densos e marcantes, porque já demonstrou ser muito capaz. O rápido romance do casal jovem com leucemia também toca e foi muito bem vindo ao filme, tanto na história, como na revelação de dois grandes atores. Vale muito a pena acompanhar, e para mim, supera de longe os diários vazios das paixões anteriores do diretor.

fikdik: O Curta que merecia ser longa!

Em tempos de polêmica vazia envolvendo "Do Começo ao Fim", que ainda não vi, mas as críticas especializada e de amigos me fizeram perder a extrema vontade que tinha de ver, é encantador achar um curta como "Café com Leite", que trata tão bem uma temática como a homossexualidade, não transformando-a numa bandeira de polêmica, mas levantando tópicos atuais e extremamente tocantes. Os gays do curta são pessoas, antes de serem gays. O preconceito, ainda que intrinsecamente, não é debatido, não é moralmente questionado, nem sequer movimentalizado, em bandeira, em paradas, em grupos de apoio. A história é narrada de maneira singela, leve e suave, que faz seus 18 minutos serem rápidos e nos querer mais e mais, o que poderia nos deleitar com um longa, afinal, assunto para isso é que não falta. O roteiro é sobre Márcio e Danilo, dois namorados que estão fazendo planos para morarem juntos e fugirem dos problemas familiares que os perseguem. Mas uma fatalidade retira do caminho a idéia dos dois, os pais de Danilo morrem em um acidente, sobrando para ele a missão de cuidar de Lucas, seu irmão de 10 anos. Esses são os primeiros 1 minuto e 30 segundos da história, que se desenrola numa tocante interpretação dos três atores, e mesmo com os questionamentos levantado em seu enredo, não tomamos partido, tudo é tão emocional que nos faz crer nas convicções de todos os três personagens para suas atitudes. E ressalto uma cena que me fez cair em lágrimas, quando Danilo e Márcio vão com a única mala a caminho do táxi e se abraçam por fortes segundos. Fotografia excelente, coisa que é levada do começo ao fim, assim como sonoplastia, que é encantadora, inclusive com os ruídos domésticos, como campainhas, microondas, telefones e televisores, uma verdadeira família. Ou quase. O que importa é que é difícil se acostumar quando as coisas mudam, mas que no fim... sei lá!


Mais informações sobre o premiado curta de Daniel Riberio aqui!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Época: Saudade de sua voz

Eu sei que essa matéria é um pouco antiga e que a grande maioria já a leu, mas vale a pena a qualquer momento, pois é linda demais essa história, que ao meu ver não é de sofrimento. Talvez, de dor, mas mais ainda de superação. Em tempos de Luciana em Viver a Vida, uma história real e mais profunda, é que nos faz realmente pensar no que vale a vida e na maneira como a valorizamos, tanto a nossa, quanto a de nossos queridos. Uma história onde a protagonista é uma mulher que luta todos os dias, por amor, com muita força, uma batalha de alguém que ama. Odele não tem nenhuma deficiência ou limitação para auto-superar, mas tem o amor incondicional de mãe, que lhe fez abrir mão de uma vida para a "vida" de sua filha...
Bem, sem muita informação além dessa, uma das reportagens - embora profudamente sensacionalista - mais tocantes de todos os tempos nas revistas semanais brasileiras. A Época está de parabéns.

Link para a reportagem Saudade de Sua Voz!

PS: Vale muito a pena ver depois o blog de Odele!

tiopês, comofass/


Eu sou adepto de escrever sempre certo, embora acho de pouca necessidade sair por aí corregindo as pessoas, ainda mais quando essas não tem o repertório em comum para entender a piada, como é o caso do Tiopês. Originado na Etiópia, segundo o desciclopédia, brinks, o tiopês é uma brincadeira, ao contrário do miguxês que estraga a lingua portuguesa, que serve como crítica aos próprios usuários da internet. Vale ressaltar que como toda piada, deve ser medida e utilizada no momento ideal, pois em excesso cansa e se quiser comprovar, pesquise no google, onde encontra-se vários blogs e sites com as informações totalmente nesse idioma virtual.
Entretanto, não sei porque já houveram mais de uma ou duas vezes, acontecer de pessoas me corregirem na virtualidade, sem dominarem o repertório da piada. Sim, acho que é válido e ninguém é obrigado a saber de tudo, entretanto, eu sou um tanto contra a correção-crítica-negativa, que não serve para engrandecer, mas com a intenção de ferir a comunicação perfeita, que é um emissor e um receptor (ou vários, como é o caso da internet). Para isso, a quem se interessar, grandes estudiosos da comunicação já procuraram compor grandes pesquisas sobre o fato da correção. Eu não sou nenhum teórico, nem quero o ser, mas concordo que a intenção de quem corrige, não pode ser outra senão a de evolução, caso contrário, não tem uma finalidade própria, senão egocêntrica. É. É como uma criança que se corrige em público, ela se sente mais envergonhada do que com interesse em aprender o certo.
Eu erro, e muito. Apesar de me achar bem acima da média com o domínio do idioma, de tal maneira que eu escolhi como ferramenta de trabalho e de prazer. Tenho um péssimo hábito de culpar a pressa quando erro, e quase sempre é verdade, afinal, hiperativo sou e quem conhece sabe que não tenho paciência para planejamentos, detalhes e revisões. Crio, não gero. E não tenho problema algum com correções, pelo contrário, sempre gostei muito, assim como sempre expus minhas dúvidas quando essas existiam. Vergonha de quê? Mas também, não fiz questão de ser corretor de nada e de ninguém, quando sei que não haverá a finalidade a que a um se propõe. Principalmente quando eu não sei o código que foi utilizado na criação da mensagem. É triste ver o problema da comunicação das pessoas e mais ainda a alimentação do ego frágil de outras.
Então, a dignidade de quem corrige está no motivo da correção, não no saber que se passa. E antes calado que falando besteira, antes calado, que falando coisa que não se sabe, que não se domina o mesmo conteúdo. Afinal, eu sei que ou é com i de escola ou com e de isqueiro que funciona a coisa... Mas a grande rainha Xuxa já previa "você não merece falar comigo e com meu anjo", mas no caso dela, precisaram estragar a Sena (sic). No mais, só faço uma pergunta:

gemte comofass// bgs miadd

90's: O Resgate de Jéssica MacLure

Quem já não teve as suas tardes mergulhadas em depressão após assistir nos tempos áureos da Sessão da Tarde, o melhor drama de todos os tempos, O Resgate de Jéssica MacLure? Não sei se era a narração da HebertRichards (que Deus o tenha) ou se era o fato de logo no começo sermos apresentados a uma história definida como 'baseada em fatos reais' que nos dava mais temor e mais afinidade com a trama da garotinha de um ano e meio, do Texas, que cai em um cano de água desativado na casa de sua tia, em uma festinha infantil, desenrolando-se no resgate mais comovente de toda a história americana, que durou 58 horas, sendo televisionado ao vivo pelas maiores cadeias de notícia do país.
É. Só de lembrar do filme, das cenas tocantes como a da mãe cantando música de ninar para a criança, que diz estar com muita fome, não tem como a voz não ficar presa e engolirmos a seco. É, sem dúvidas, uma história atemporal, dramática por si só, que apesar de extremamente piegas, beirando a cafonice dos anos 90, ou ainda extremamente sensacionalista, como o bom jornalismo americano faz e nós aprendemos muito bem, nos toca e nos faz ficar preso por quase duas horas nesse filme feito para TV, sobre a garota, sua mãe, o resgaste bem sucedido dos bombeiros e toda a emoção de um país que acompanhou minuto a minuto, diante das câmeras, o passo a passo de toda a operação, daí o título em Inglês que tem mais função - Everybody's baby.
Mas a história não acaba aqui. Numa rápida pesquisa pela internet, a fim de curiosidade, a menina, agora mulher, continua morando no Texas e seu nome é realmente o retratado do filme, recebeu somente em 2005, os direitos - estipulados na casa de 1 milhão de dólares - pelo uso de sua imagem e nome no filme, num processo que cruzou a década. É, a diretora, certamente, interessada em vincular seu filme à história que acabara de acontecer, decidiu utilizar o mesmo nome. E nem pagou os direitos da garotinha que ficou 58 horas no cano, mas no fim, a justiça decidiu que desceu pelo cano foi a produtora, que pagou para a Jéssica verdadeira, todo o montante, que hoje vive feliz em um rancho ao lado do seu marido, que é pastor de uma igreja Jesus Cristo Santo dos Últimos Dias. (veja um vídeo de um especial da NBC sobre ela, aqui)

Ah, outro fato interessante. Os dois principais bombeiros responsáveis pelo resgate da garota tiveram um final nem tão feliz. Também desceram pelo cano. O primeiro, mais velho, sofria de distúrbio de múltiplas personalidades e num momento de crise, pirou e se matou. Tenso. O segundo foi além, foi preso por estuprar três garotas.


Reflitão!


- Ah, só um comentário em PS: É hilária a reportagem com ela revisitando o buraco, com seu filho de também 1 ano e meio e e colocando o bebê em cima do buraco e medindo! E o que é o apresentador perguntando: "Você tem sequela, né?" E tadinha, sequeladamente, ela responde que por conta do buraco não pôde praticar esportes no HighSchool, o que deve ser bastante significativo para uma adolescente americana. O que já vale uma continuação para um segundo filme, que tal? Everybody's Baby 2 - Into a HighSchool Well! Ah, e pra uma esposa de um mormón, a saia dela está bem curtinha, né?

. pink & cérebro

- o que faremos esta noite, Cérebro?
- a mesma coisa que fazemos todas as noites, Pinky: tentar conquistar o mundo!

mousse de manga


Esse blog já está quase virando um espaço próprio para comentários e resenhas de filmes e séries, ao contrário do que eu queria e previa. Mas acho que é a falta de tempo para criar posts mais significativos sobre o que acontece fora desse eixo, que ocupa boa parte da minha vida, seja por obrigação, seja por prazer. Denominei então ao espaço 'mousse de manga' para tratar sobre textos que fugirem do propósito, textos pessoais, sobre dilemas unicamente próprios. Antes filmes e séries fossem tudo em minha vida.
O mousse de manga tem um grande significado para mim, o significado de mundança, de recomeço, de mergulho e emergir, num só respirar! O que mais me assustou no ano de 2009, certamente foi a minha extrema capacidade de construir, desconstruir e reconstruir coisas, sentimentos e pessoas. A culpa está na minha intensidade, ou como um amigo me descreveu em um depoimento: "há quem diga que viver perigosamente, mudar-se constantemente ou apaixonar-se semanalmente é caráter patológico. outros acham que é só fogo no rabo. independente disso, acredito que seja a maneira mais passional de se viver. quem disser que nao queria para si, mente.", é acho que ele está certo, nada melhor me define. E por ser tão assim, assim, que eu permaneço em pé. Faço tudo tanto que acaba rápido. É ótimo para as coisas ruins, mas péssimo para as coisas boas. Mas pelo menos, eu vivo.
Era dia 14 de Julho, quando numa rodoviária, vi o meu destino mudar. Me ofereceram um halls de mousse de manga, aceitei para experimentar. Entretanto, não provei naquele minuto, talvez porque não era correto misturar doce com um salgado amargo que estava na minha boca. Mas peguei a pastilha, o sorriso e o telefone. O primeiro e o último, eu guardei no bolso. O sorriso fez borboleta e sumiu pelo ar.
Era um ônibus, mas a viagem foi bem turbulenta, como a de um avião em pane. Durou uns 3 ou 4 dias, doia muito, mas estava confortado. Quando era noite, olhei no bolso da calça que vestira na ocasião descrita acima e relembrei da bala, do telefone e principalmente do sorriso. E fui feliz. Taí, o lado bom de vive bem e intensamente. Nada mais ali existia, ou talvez um pouco de ego remoído, partido e/ou desejando vingança. O que logicamente me fez rir dias depois quando nada daquilo fazia significado e já havia experimentado o novo sabor do halls, que seria limitado, mas me mostraria que existem vários sabores de bala no mundo e, além disso, várias marcas. Ainda encontraria uma que poderia chamar de preferida.
E quando eu experimentei a bala, a sensação foi única. O sabor da manga me preencheu, como o novo ar que chega para a vela da navegação ser guiada, para uma direção sublime e distinta. E recomecei.
Desde então, escolhi o mousse de manga como o emblema da minha fênix interior, porque eu mudo e sou intenso e eu vivo, porque me mudo constantemente, vivo perigosamente e me apaixono semanalmente, seja patológico ou fogo no rabo, porque assim sou eu, doce, diferente e marcante, senão para os outros, para mim mesmo, o que já basta, convenhamos...

Beleza é fundamental!


Há algumas semanas, não lembro ao certo, fui "desperto" com a novidade do site BeautifulPeople.com e não dei a mínima para o evento, porque achei que seria apenas uma pipocação de notícias, fait-divers purinho. Mas não, parece que a coisa fez a cabeça de algumas pessoas e hoje fui "desperto" por algumas pessoas no twitter fazendo o cadastro (e uma conseguindo) o passaporte para o site que só aceita pessoas selecionadas como Bonitas. É, já se foi o tempo em que outra coisa era fundamental, hoje só beleza. Mas que beleza? Eu me interessei por alguns minutos fazer o cadastro no site e ver qual é do lance, mas por mais que minha auto-estima esteja pulando no teto hoje, eu sou covarde para esse tipo de coisa. Acho que todo mundo é. Afinal, não foi alguém que te chamou de feio (ou de não-bonito), mas foi um grupo de pessoas do nível que pode analisar e julgar como se é ou não, ou seja, especialistas.
Vamos pro lead? O BeautifulPeople.com é um site dinamarquês com sede no Reino Unido, que tem dado o que falar por aí, porque para fazer parte do casting você não precisa de um convite, como o novo orkut ou coisa do gênero. Você precisa ser analisado por 48horas por pessoas selecionadas do site, para dizer se você é potencialmente bonito ou não, ou seja, capaz de utilizar as ferramentas do site. O site que recebe mais de 1 milhão de pedidos todos os dias e aceita aproximadamente 100mil em todo o mundo, tem sido alvo de ataques e de crítica por muitas partes, inclusive, em alguns países do Oriente Médio, ele foi bloqueado, por preconceito. Preconceito que também afeta gays e lésbicas, uma vez que quem julga o seu perfil no cadastro é sempre o sexo oposto, não o sexo interessado. Sendo assim, gays e lésbicas serão julgados por aqueles que não lhes mobilizariam entrar num site de relacionamentos, especificamente namoro.
Mas por outro lado, a argumentação do site é bastante forte no que se diz: quem não quer namorar alguém bonito? É por aí, todo mundo quer. Então todo mundo teria o direito de, por querer, entrar? Ou só gente bonita pode namorar gente bonita? Ah, ainda vale ressaltar que o site faz publicação de beleza como sendo apenas uma só, não algo expansivo. Para o site, a beleza é a tradicional hollywoodiana, inclusive gerando críticas ao próprio sistema, onde diz que os Ingleses são considerados no site, os menos sexies.
do OGLOBO.COM:
- A Suécia e o Brasil estão provando ser as nações esteticamente mais abençoadas no mundo. Eu diria que a Inglaterra está vacilando, porque eles não investem muito tempo na aparência e estão se traindo em matéria de saúde física. Ao lado das belezas brasileira e escandinava, o povo britânico não é tão espirituoso ou glamuroso - analisa Greg Hodge, diretor do site. De acordo com o site, a Suécia lidera o ranking masculino com 65% dos homens suecos sendo aprovados. Entre as mulheres, o país ocupa o segundo lugar com 68%, atrás da Noruega (76%). O Brasil está em segundo no ranking masculino (45%) e quarto no feminino (45%), atrás também da Islândia (66%)
Voltando, eu concordo bastante sobre o Brasil ser um país de pessoas bonitas, mas acho de varia de pessoa para pessoa, de gosto para gosto. Com uma maior amplitude de pessoas escolhendo, teremos maior opção de pessoas escolhidas, logo diferenciados perfis, certo? É. Certo.
Mas o dietor me convence num ponto: "É superficial querer estar com alguém por quem você se sente atraído? Se você está em um bar ou em um clube e quer se aproximar de alguém, você vai abordar alguém que você se sente atraído. Não há nada de raso nisso". E o amiguinho dele diz isso: "Outros sites são reservas de hipopótamos e javalis africanos. O BeautifulPeople é uma maravilhosa reserva de caça de gatos e tigresas", afirmou Robert Hintze, fundador do site "só para bonitos".
Tá, concordo, principalmente com a parte dos outros sites. Mas e a democracia, onde fica? É, não fica. Beleza é fundamental, mas eu também aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê e acho que vê nesse site é sempre o mesmo do mesmo. E não leve isso como a amargura de uma pessoa feia, mas apenas como um amante dos territórios livres. E para namorar, não se procura. Se acha. E como ouvi numa fala de um personagem de um filme/série, quando se ama, uma pessoa 7,5 se torna uma pessoa 10! Fato.
Mas só para refletir um pouco sobre o diretor do site, que é mais escroto do que a própria proposta: "Tenho certeza de que o Brasil terá uma alta porcentagem de candidatos bem-sucedidos, afinal de contas este é o país de Gisele Bundchen e Felipe Simão, apesar de vocês terem também o José Wilker", disse Hodge no comunicado enviado à imprensa.

Graças a Deus temos nossas Giseles, nossos Felipes e O NOSSO JOSÉ WILKER. Que é único.

fikdik: How I met you Mother.


Sabe aquelas surpresas que você recebe de última hora? Foi mais ou menos assim que aconteceu comigo e How I Met Your Mother. Eu recebi a primeira temporada e assisti inteira em uma só madrugada da semana passada. A cada episódio ficava com vontade de ver o próximo e me divertir. A série está para entrar para o hall da fama das melhores séries de humor de situação já inventadas até hoje, inclusive, vou além e digo que ela supera Friends em alguns grandes quesitos. Friends não tinha uma história boa e não há como negar isso. Era uma série ótima, com grandes momentos, mas o que segurava o seriado era, sem dúvidas, o elenco e a química deles com eles mesmos e conosco, o público. Friends foi sensacional e conseguiu ser boa boa parte do tempo de suas 10 temporadas, ao contrário de Will&Grace, que também é Sitcom e é boa, mas se perdeu na repetição no meio de suas 8 temporadas. HIMYM (sigla pra How I Met Your Mother) está em sua quinta temporada e não sei como chegou até lá, porque não assisti, mas tenho lido ótimas críticas e reviews. Se continuar com o excelente roteiro e com a conexão existente entre o elenco, superará facilmente Friends e qualquer outra série do gênero que houve e possa vir a existir.
A história é simples. A cada episódio, Ted, no ano 2025 conta para os filhos como foi sua vida aos 25 anos, morando em Nova York, quando conheceu a sua esposa, a mãe dos meninos. A partir daí, somos levados a um flashback em 2005, quando a série começa e encontramos Ted conhecendo Robin, por quem se apaixona perdidamente. E junto com seus amigos Marshall, Lily e Barney, formam um quinteto que viverão histórias engraçadíssimas e divertidíssimas, indescritíveis. Só falo para assistir, é muito válido. Ah e não, Robin não é a mãe dos garotos, nem a esposa dele, acaba virando bons amigos. Mas o que acontece? Quem é a mãe dos meninos que ele conhece? E como ele conheceu a mãe dos garotos? Bem, isso é uma história que ele vai contando com o tempo. E algum dia ele vai conhecer ela, assim esperamos.
Estou louco para a segunda temporada, mas me falta tempo. Então, farei o seguinte, nessas férias tentarei assistir da 2a. a 5a. e eu voltarei contando se continua com o nível dessa primeira, que é demais. Mas por enquanto vale ressaltar dois episódios excelentes: o do Thanksgiving em que Lilly vai visitar a "pequena" família de Marshall, que mostra os dois num momento excelente, numa extrema sintonia e não dá para não torcer para o casal. Além desse, tem o hilário episódio da agência de encontros, que é de um humor excelente.
Ah, mas poderia citar o episódio das três festas para a Robin, mas vou deixar quieto e esperar que quem leia isso se interesse pela melhor sitcom no ar e talvez de todos os tempos.

Divertindo gente e chorando ao telefone.

O que eu não posso negar sobre o ano de 2009 é que foi um ano que aprendi muito sobre fotografias. Não, eu não aprendi a arte-técnica da fotografia. Eu ainda continuo parecendo uma pessoa com Parkinson ao fotografar uma simples reunião de amigos ou familiares, não sei onde fica o foco, nem sequer sei colocar os itens mais importantes em um plano mais importante. Minhas fotos continuam amadoras e é sobre isso que divago do que aprendi com as fotografias que tirei e que vi durante esse ano que já quase se finda.
As fotos servem para a gente recapitular, relembrar aqueles fatos marcantes que muitas vezes vamos esquecer ou vai ser difícil lembrar, seja em ordem ou seja ele em si, quando formos contar para alguém. Além do que, ele serve de uma boa prova do que houve para quem, por um acaso, supor duvidar. Tipo os infindáveis 'eu vi', 'eu vivi', 'aconteceu comigo' e outras figuras egocêntricas que perambulam pelos nossos diálogos.
As fotos servem também para nos remarcarem no espaço e no tempo, dizer o que houve naquele momento com a pessoa x ou y e ainda nos referirmos a elas com algum sentimento que houvera outrora e hoje não mais está ali. É por aí. Talvez seja o principal motivo que eu nunca deleto uma foto, seja ela de quem quer que seja ou de qualquer forma estou. E repreendo severamente quem faz isso. Aceito quem esconde fotos, quem as guarda, para não ter contato sempre, afinal, é uma bela e prática maneira de esquecer. Mas jogá-las fora? E a sua mente? Faz lobotomia e está tudo resolvido? Aquilo aconteceu, e de alguma forma serviu para algo, te levou além, sempre nos leva além, sempre nos leva a algum lugar. E não é porque não existem mais fotos, que as boas fotos precisam pagar por isso. Bendita a era dos negativos, pois a digitalidade faz as coisas parecerem mais efêmeras. E taí um bom estudo sociológico para quem deseja se aventurar, o quanto as câmeras digitais interferiram nos relacionamentos modernos. É, acho que Bauman meio que já falou disso.
Saiu feio? Deixa lá, ninguém pode ser bonito o tempo todo. E ali está a prova de que a beleza é uma mera questão de ângulo, de luz ou de quem tirou a fotografia. A foto tem pessoas inconvenientes? Deixe ela lá, essas pessoas mereceram, nem que seja naquele milimetro de segundo que a luz invade o negativo e o queima, e se mereceram, porque não merecerem ocupar memória de uma foto, ou ainda a sua memória. Se elas não mereceram, deixe de ser hipócrita e não tive fotos com quem você não deseja o melhor do mundo, ou ao menos a melhor foto ao seu lado. Eu tenho uma tática para quando isso acontecer: guarde as fotos e só as encontre num dia em que você possa olhar pra elas e dar um sorrisinho de canto de boca. Quando vencer e conquistar esse nível se ironia própria, faça o que quiser com a foto, queime, estrague, delete, porque talvez ela não sirva para mais nada. Ela não te traz emoções, de qualquer espécie, o que é de necessário primariamente para uma foto.
Emoções, catarse ou apenas consentimento com a prova quase física de algo (sem citar o photoshop, por favor). Seja lá qual for a motivação da foto ou do que se vê com ela, veja. Sinta e perceba se ela merece ser foto. Mas não se esqueça nunca que nada substituirá a memória, as lembranças que cada um carrega. E daí eu tiro a melhor lição que tive em 2009. Apague as fotos, mas as lembranças ficarão em você, eternamente. Perca seu HD por completo e você ainda terá muitas fotos na mente. E mais do que fotos, imagens, mesmo que aleatórias e perdidas no espaço-tempo, todas em movimento e com emoção. Porque não existe memória sem emoção, porque mesmo se houvesse, não teria como jogá-la fora. Não sem aparatos cirúrgicos ou acidentais.

90's: TV COLOSSO

Decidi fazer toda semana um texto sobre algo da minha infância, basicamente a década de 90, aquela que eu considero uma das melhores, talvez, por ter vivido nela e ser bastante saudosista.
E nada melhor do que começar com o que a televisão nos deu de melhor no ano de 93, a TV Colosso. Uma criação do Boninho, o mesmo diretor do BBB, quem diria, se tornaria o marco dos programas infantis da época e é hoje em dia referência para todos os jovens de 20 e poucos anos que acordavam para assistir as aventuras de Priscila e sua turma. Ou então, como eu, passaram a odiar quando foi estudar de manhã e não pode mais acompanhar, ainda bem que foi na fase final, onde o programa já não era lá grandes coisas.
Talvez, na época, com pouco mais de 6 anos, eu me divertisse mais vendo os bonecos do que pelo contexto em si, ou ainda foi dali que surgiu a minha paixão pela TV e pela cultura Pop em si. Sim, porque o programa, pelo menos em sua primeira fase, teve um humor adulto para o horário, já que fazia referências que muitas crianças não entenderiam, senão todas. Isso pode ser explicado até mesmo pela presença de um grupo de cartunistas na equipe de roteiristas, muitos oriundos do falecido e inesquecível O Pasquim.
Mas o mais legal de tudo era a existência de uma real grade de programação, que zuava com a própria Globo e buscava referências fora dela também. Ou quem não se lembra de uma paródia a Carrossel que foi ao ar pela TV Colosso? E ainda, teve um personagem, o ThunderCão, inspirado no VJ da MTV ThunderBird.
O Gilmar, personagem que colocava os desenhos no ar, era um charme a parte, principalmente tentando conquistar Priscila, a eterna cachorrinha, que até hoje sonho em ter uma SheepDog somente para dar o bendito nome para ela, uma espécie de homenagem, já muito feita por aí. Os desenhos, ah, os desenhos da época: Caverna do Dragão, Darking Duck, Capitão Planeta (Vai Planeta!), Tico e Teco e os Defensores da Lei (L), o desenho de De Volta para o Futuro, Tiny Toons, X-Men e o começo de Power Rangers (inesquecível primeira temporada). Isso só para citar alguns. Ah, e tinha o sensacional "Perdido nas Estrelas", que merece um post a parte, um desenho animado com o Macaulay Caukin como protagonista, enquanto O Fantástico Mundo de Bobby era apresentado no SBT pela Eliana e os dedinhos.
Vira e mexe, algum boato vaza de que a TV Colosso está voltando e nunca se concretiza, mas li recentemente em um site desses Uol, Terra, que estava quase certo a substituição da TV Globinho pela TV Colosso. Eu acharia ótimo e acordaria cedo todos os dias para ver, como uma criança, tomando seu Toddyinho, mas não sei se vinga. As coisas mudaram, os tempos mudaram. TV Colosso é bom que fique na memória, eternamente, os tempos são outros e as crianças não curtiriam ficar 4 horas vendo um bando de fantoche fazendo piadas adultas, sem pancadaria e sangue e morte e muito conflito. Falo pelos meus três sobrinhos, do mais novo a mais velha, eles não são o público de algo tão bom. Cada um tem o programa infantil que merece, infelizmente. Mas que eu vou comprar o Box de 3 DVD's de TV COLOSSO, eu vou. Inclusive, alguém aí sabe algum lugar que comprou ou baixo o filme da TV Colosso? Você se lembra dele? Com Marcelo Serrado e Luana Piovani como protagonistas? Hein, hein?
Ah, meu personagem preferido? O Zeca Paladium, nem preciso dizer por quê, né? Acredite se quiser!

Saudosismo é pouco para o que me apetece nesse momento. Mas fica aí a dica:

Comédia em pé que deitou.


Lembro que quando fui pela primeira vez a Nova Iorque, eu recebi um panfleto, desses que se entregam na rua, bem convidativo, para um show de StandUp Comedy, aquelas comédias em pé, onde não há cenário, figurino, mas apenas o humorista, o microfone e o público. Apesar de muito desejar, eu não pude ir naquele dia. Mas já na segunda vez, eu tentei achar uma dessas apresentações, mas não consegui, então acabei deixando para lá. Seria um tanto mágico, estar no berço desse tipo de apresentação, que já levou ao estrelato nomes como o de Robin Williams, Billy Crystal, Eddie Murphy e o grande Woody Allen. É o tipo de sensação única, por mais que não se entenda 100% do show, conforme um amigo que foi me falou. Existem muitas piadas internas, sátiras a celebridades ou políticos, coisa que nem é culpa do cursinho de inglês do Sheffield, mas da vivência. E é aí que mora a comédia em pé, no improviso, no atual, na cultura do momento, aquilo que faz graça agora. Tanto que não faria muito sentido ver uma apresentação idêntica a do Woody Allen na década de 60, por mais genial que fosse, se não estivessemos embuídos de todo o contexto que o cercava.
É uma pena que, como tudo que é bom chega tarde, no Brasil, a comédia StandUp chegou há pouco. - Digo chegou, apesar do termo certo seria popularizou-se, pois desde muito tempo grandes humoristas aqui usam esse artifício, sem ao menos saber o nome que se dá. E é uma pena que como tudo no Brasil que se faz sucesso se esgota pelo excesso. Pensar que Sérgio Mallandro, Luana Piovanni e Daniela Cicarelli se aventuraram pelo StandUp é quase um crime aos deuses da era do blues.
Entretanto, a década foi muito ilustre e trouxe diversificação no humor e posso ainda que desastrosamente comparar, dizer que tudo começou em 2001, com o grupo Terça Insana, que fez sucesso em todo o país graças ao DVD e mais tarde o YouTube. Quem não sabe alguns bordões de lá? E ainda, no festival das esquetes (que muito bebe do StandUp) podemos citar Boom! de Jorge Fernando, Cócegas de Heloísa Perissé e Ingrid Guimarães, entre outros. Algo que só de citar hoje já dá pra ver que a pessoa tem mais de 20 anos, afinal, nada é tão 2004/2005 que isso.
2007, o boom do YouTube. Uma nova era começa, pipocam comediantes StandUp pelo país, todos usando da ferramenta do humor de improviso para fazer graça e sucesso no site mais importante para a atualidade, segundo a revista Times. E ainda veio o StandUp invadindo a TV, com a consagração do Pânico na TV e o lançamento do CQC, fórmula de sucesso comprada da Argentina. Pânico virou sucesso por quadros como Sandálias da Humildade, polêmicas com celebridades e o deboche como arma principal, mas vingou e hoje é bem melhor que antes, apesar de ter algumas coisas desnecessárias, mas é entendível, afinal, falamos de TVAberta+RedeTV+ProgramaçãodeDomingo. Mas dali surgiram alguns grandes nomes que, se bem utilizados, farão sucesso. Na Banderantes, com o CQC, o programa apostou num humor mais refinado, mais politizado, mais sério, mais elite, quase um programa da TV paga, mas que vingou e trouxe também outros grandes nomes. Na TV fechada, poderia citar grandes nomes como o Bruno Mazzeo, que é um dos melhores humoristas da qualidade na minha opinião. Ou Marcelo Adnet, que explodiu, mas logo alcançou o ostracismo, fazendo o mesmo do mesmo em seus 15 minutos. Sua namorada, Dani Calabresa conseguiu feito maior ao lado de Bento Ribeiro no FuroMTV, uma revelação de 2009.
Já em final de 2008 e explodindo em 2009, o Twitter revolucionou a internet, pelo menos no Brasil, no quesito humor. Com 140 caracteres, todo mundo acha que pode fazer humor e todo mundo acha que é engraçado, além de se sentir o verdadeiro Danillo Gentilli virtual. Não é a toa que o fake do Christian Pior fazia (e faz, mas agora como HugoGloss) mais sucesso que o Evandro Santos, criador do personagem. Alguns aproveitaram o espaço da graça e da piada, para se lançar, alguns conseguiram, mas a grande maioria conseguiu um feito: sujar o StandUp brasileiro. Tanto que hoje já é quase insuportável seguir certos comediantes na rede de relacionamentos, é um querendo mais mídia que outro, o que desgastou o gênero, que por ser de um custo baixo de produção, todo mundo pode ser, mas poucos conseguem ser na verdade, pois é preciso tato e inventividade. Falo por mim, hoje não faço questão de ir em nenhum desses shows de StandUp brasileiros, como talvez há um ano eu aceitaria ir numa boa. E isso se deu graças ao excesso, que ao meu ver atrapalhou a carreira de pessoas que poderiam estar eternamente ocupando o espaço que conquistaram. E quem não quer mais pegar carona nessa vida Seinfield, hein? Todo mundo quer ser um CQC, ou um humorista engraçadinho do youtube, fazer uma peça de improviso (e muitas vezes confunde o nonsense com o realmente engraçado) ou ainda ser o convidado engraçadinho que vai ao Jô Soares essa semana falar de política e da Suzana Vieira. E ao meu ver, fazer graça é bem mais que isso, poucos conseguem. Tanto que já não acompanho mais esses programas, que citei, quando quero ver algo, dou um pulo no campo de pesquisa do Youtube e vejo apenas o personagem/humorista que me agrada.
Hoje ainda vi um texto, não sei se ele se inspirou em alguém ou se é próprio, mas o Evandro Santos, em seu blog Ovulando disse que para ser humorista tem que estar a mercê da platéia. Ela é que comanda, se ela ri, está bom. Se ela não ri, a piada foi sem graça. Piada engraçada só para você, não é piada. E tenho dito.

fikdid: Glee

Um professor resolve revitalizar um coral de uma high-school para participar de um campeonato, um grupo de estudantes, um par romântico, incluindo nesse meio uma vilã cheerleader parceira de um badboy e muitas músicas para embalar essa história. Isso parece que veio direto do túnel do tempo? Sim, veio direto de túnel do tempo, sim. Glee nada mais é que uma cópia de tudo que já foi feito com adolescentes 16-years-old no mundo. Tanto que se você misturar HighSchoolMusical, Rebelde e Malhação (repare que são de 3 países diferentes), a liga é a mesma dessa premissa de Glee. Mas antes que me atirem pedras ou crucifixem, vou dizer: Glee inovou ao subverter os valores e ser uma história onde valoriza o sempre desvalorizado, por isso, uma série loser, como vem sido propagada pela própria Fox.
O fato de ser um seriado da Fox tem ser levado em consideração, uma vez que a emissora é republicana (do partido do Bush) e assumidamente defensor de sua posição política, tanto que durante sua história é possível verificar várias críticas acerca disso. Mas superou em Glee e se tornou uma série de tanto sucesso, a única depois de 24Horas a fazer tanto sucesso entre todas as idades nos EUA. Superou de tal forma, que a Fox até soltou uma piadinhas anti-Bush no seriado, que para os bons entendedores é uma ótima sacada. É meus caros, a cultura pop é assim, uma reciclagem de tudo com uma pitada de crítica, embora alguns não queiram acreditar. Pelo menos em Glee foi assim.
Para os menos desavisados Glee é um gênero musical, específico de vozes masculinas em corais, oriundo da Irlanda e que tomou outro sentido na década de 50 nos HighSchools e Comunnities dos EUA, o de corais de jovens, tão segmentado quanto o time de futebol americano e as cheerleaders. É, só que de uns tempos para cá, com o culto ao corpo exacerbado, foi visto como algo geek (daí a piadinha do tour do elenco pelo país com 'Gleek'), nerd. E é nisso que a série se foca... Nessa cultura excluida e com potencial.
Agora, pega essa historinha que contei lá em cima e coloca o professor que viveu para o sucesso e é um mero professor de espanhol, que mal tem condições de pagar as contas de uma família com filhos. Ah, filhos? A esposa dele finge estar grávida, por um desvio comportamental. E ela vai pagar uma grávida de verdade para lhe dar o bebê, e tudo indica que será a nossa cheerleader loira e vilã, que é líder do grupo de orações e castidade do colégio, mas está grávida e não é do namorado, mas do badboy que ganha a vida pegando mulheres mais velhas (mãe de seus amigos, a maior parte). Ah, e coloca também um gay (Kurt, o melhor personagem da série de longe) que é apaixonado pelo mocinho e esconde de todos (revela-se aos poucos), inclusive de Mercedes (para mim, o outro ponto forte da série, estrela de uma das melhores cenas da série, que pode ser vista clicando aqui), que tem uma quedinha por ele e faz a linha blackbitch ao descobrir tudo. Ah, coloca uma japinha que eu achava que era lésbica e parece ter um segredo, e um cadeirante, isso mesmo, um cara de nerd em uma cadeira de rodas. Mais alguma coisa? Muita música, adaptadas de grandes sucessos, como No Air (da Jordin), Rehab (Amy Winehouse), Take a Bow (Rihanna), Halo (Beyoncé), Defying Gravity (do musical Wicked), além de excelentes performances como a de um time de futebol americano dançando Single Ladies da Beyoncé. Isso mesmo, você não ouviu errado. E não veja isso como um spoiler, mas é apenas um motivo para chegar a ver a série, que vai ao ar toda quarta-feira na Fox U.S. e Brasil (na versão dublada e com uns 5 episódios de atraso). Como odeio dublado, sugiro baixar ou acompanhar através de links de tvs americanas, aos montes por aí. (na comunidade de Glee do Orkut você encontra, além de muita gente bacana pra trocar idéias, os links para assistir ao vivo e downloads dos episódios e músicas).
Vale muito a pena, e antes que a considere uma série teen a la highschool musical, lembre-se é uma comédia, um musical e uma crítica a própria cultura. Logo é preciso desconsiderar as grandes estruturas de cenário que surgem do nada, ou a Cheerleader aparecer 90% do tempo de roupa de líder de torcida e as vozes magníficas que surgem do nada e fazem apresentações dignas de Broadway. Esses são os motivos comuns que leio sobre a série. E vamos lá, a série não é para ser levada a sério, tem a sua mágica que não pode ser estragada, assim como todos os musicais e comédias do mundo, quer realidade-bruta? Vai ver E.R. ou C.S.I. (se é que essas siglas são consideradas como realidade-bruta!) E é isso... Pra ver Glee tem que ter o coração acreditando no que se passa ali, pois como eles mesmo cantam no primeiro episódio: "Don't Stop Believin'". Só resta saber se toda euforia vai durar muito tempo, bem, eu vou continuar acreditando que sim, mas isso é assunto pra outra hora!


PS1: tentei achar algum vídeo disponível para ilustrar a resenha, mas ficou meio difícil de achar, porque todos estão disponíveis apenas mediante solicitação. Então aqui vai o link de Don't Stop Believin', a música símbolo da série. - embora eu prefira Bust Your Windows. (desconsidere a legenda da tradução, foi feita pela Sasha!)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um assassino merece voz?

Ontem, rolou uma mini-polêmica no Twitter sobre o caso do Guilherme Pádua, assassino de Daniela Perez, filha da autora Glória Perez. O rapaz, que já está livre há algum tempo, por conta de uma liminar que ele conseguiu para cuidar dos filhos, fez um perfil na rede social do Twitter, como todo mundo daqui a pouco (ó, o twitter é a marca da Besta). E ele deu follow na autora Glória Perez. Um desrespeito, você deve pensar! Sim, é um desrespeito, concordo. Mas em tese, a autora tem um perfil público, basta acessar www.twitter.com/gloriafperez. Se ela quisesse escolher quem a seguisse, bastava bloquear e aceitar os fãs que desejar. Correto? Não, não estou sendo advogado do diabo. Tenho tanto asco dele quanto todo o Brasil, mas em tese ele pagou pelo que fez e ele, como qualquer outra pessoa tem os direitos assegurados de ir e vir e no meio do ir e vir, fazer uma página do twitter e seguir quem desejar.
Mas a polêmica não parou por aí. Alguns perfis de celebridades e de portais importantes, como o @ciadosfamosos e @WalcyrCarrasco começaram a fazer campanha para dar unfollow no rapaz, o assassino de Daniela Perez, e denunciá-lo como SPAM. Longe de mim querer defender ele mais uma vez e por mais que tente não consigo imaginar como é a dor de Glória Perez ao ver o caso ser citado, seja na imprensa, seja numa rede-social como o twitter. Entretanto, é preciso agir com cautela em todos os casos e com muita razão. Glória Perez ou qualquer outra pessoa que deseja pode usar das ferramentas que o site propõe, dar unfollow, bloquear, fazer o escambau. Entretanto, acho um pouco exagerado, para não dizer criminoso (o que nos igualaria ao assassino), fazer campanhar do tipo "Denuncie como Spam!". Ei, peraí. Ele é spam? Ele fez alguma ofensa ou algo do tipo? Porque se tivesse ofendido alguém - o que acho que ainda não fez - ele poderia ter sido denunciado e inclusive processado. Mas esse alguém somente poderia ser a pessoa ofendida. A gente, por mais marcante que seja, por mais verdadeiro que seja, ou por mais injustiçadamente que seja a dor, não pode julgar e infringir a lei de alguma forma. E isso para mim é infringir a lei. Ele matou uma pessoa, foi pra cadeia, foi solto (se pagou no tempo certo ou não, não é o válido para se discutir agora, pelo menos ele saiu com o aval da justiça, injustamente, no meu ver, pois deveria estar lá até hoje, como todos os outros assassinos). E solto, ele pode fazer um twitter, como qualquer outra pessoa. E tem o direito de exercer sua liberdade. Sendo um assassino ou não, um psicopata ou não, um fruto da justiça falha do país ou não, não cabe a nós impedir a sua liberdade. Quem tem algo contra ele, que entre na justiça e que a justiça faça algo, não nós. Justiça com as próprias mãos é crime e vergonhoso, em qualquer espécie, em qualquer circunstâncias.
A autora apenas comentou uma vez o fato falando que ele a seguia e não mais falou nada. Fez certo, sensata, como a figura pública que nos passa. Se ela bloqueou ou não, não sei, nem cabe a nós saber. É um direito que ela tem de exercer assim como é o dele de ter condições de frequentar todos os lugares, até porque a cara dele já está marcada por todo o povo brasileiro, isso ele não conseguirá apagar, então que todas as pessoas tenham os mesmos direitos. E não cabe a nós censurar alguém, ou impedir o livre tráfego de idéias, opiniões e palavras soltas. Aceitar esse tipo de atitude é ser tão criminoso quanto um assassino frio e calculista. Ou ainda mais, porque matar opiniões começa assim. Primeiro é ele porque ele é assassino, depois é outro que tem olhos escuros, depois é outro que tem pele escura e é pobre... e depois? Quem será o último a censurar todo o mundo?

De Gabi a Jolie.

Eu tenho andado emotivo, acho que é a chegada do Natal e a saudade de um ano que eu estava me despedindo para viver os melhores dias da minha vida, nos EUA. Pode ser também porque esse ano foi um completo desastre no campo amoroso, terminei um namoro problemático que só me trazia dores de cabeça, logo depois vieram alguns pés-na-bunda que foram significativos (na verdade, somente um me doeu realmente) e ainda teve a rápida paixonite que me foi muito útil para esquecer completamente dores do passado e me fazer chorar por outra pessoa. É acho que choro até hoje, foram só dois meses. Chorar é brinks, maneira de falar. Mas ainda sinto saudade, saca? Foi tudo tão rapidinho, mas tão legal, e que pena que não sobrou a amizade e na última festa, você sequer me cumprimentou e ainda achou que eu estava acompanhado, enquanto eram apenas amigos. Achei que gostasse de mim ainda, mas acontece que é muito difícil ser alguém que veio para substituir outra pessoa por um tempo. Foi duro demais pra mim saber que eu seria um passatempo e quem em meados de 2011 eu teria que sair, calado, do meu lugar e ceder o espaço para quem verdadeiramente ocupa. Acho que tudo na vida tem fim, mas é duro começar algo sabendo que vai acabar e tendo até a data certa para isso. E o mais engraçado, só sobrou uma foto. Uma foto! Mas até hoje não tive coragem de tirar do painel de fotos que fica no meu quarto (que ganhei de quem já morreu, rs), parece que quando eu tocar na foto, vão arder meus dedos como ácido. E ainda não tive coragem de jogar fora a coletânea de DE VOLTA PARA O FUTURO e, não, eu ainda não terminei de ler COMO O STARBUCKS MUDOU MINHA VIDA. Ah, também não tenho coragem de ver a imagem da Marília Gabriela na TV, porque lembro da peça, e mais ainda, da tarde no Leblon, a la Manoel Carlos, e dos conselhos que me fez engolir orgulhos e egos feridos. Não posso ver ninguém com cabelos vemelhos, nem passar perto de um Personalité. Ah, ainda não superei o meu ódio pela Angelina Jolie, acho ela testuda, chata e roubou o BradPitt da Rachel. E obviamente não vou ver A TROCA de novo, insuportáveis aqueles 150 minutos. Tá, o final é bom, mas não é graças a Jolie. E você se superou a mim ao descobrir os finais, precisava te apresentar a Roberta. É. Mas não deu tempo. Foram 2 meses. Agosto e Setembro de 2009. O melhor par de olhos que me foi apresentado em 2009. Pronto, assumi que dói. Mas assistir 500 days of Summer me fez bem. Assisti sozinho. Mas ali, eu vi que depois do Verão, sempre vem o Outono, o Inverno, a Primavera e tudo de novo. Uma hora o Sol brilha para mim de novo, não tenho pressa mais.

E não vou chorar mais. Está tudo bem guardado. E amanhã tiro a foto, guardo o DVD, termino de ler o livro, ouço a música, vou ao Leblon de novo, assisto o novo filme da Jolie e você espera chegar 2011.
Passar bem!

fikdik: Drop Dead Diva


Antes de começar o post sobre a melhor série estreiante na minha opinião de 2009, a do título, eu abro um parênteses para uma discussão que permeará todo o blog e seus posts: quem é o filhodaputa que diabos traduz os nomes das séries? Glee virou O FESTIVAL, Modern Family se tornou OS MODERNINHOS. Estou com muito medo de Drop Dead Diva virar algum trocadalho do carilho do tipo "Uma modelo da pesada" ou "Peso Pesado", ou ainda pior, "Aguenta Essa". Tá, esses títulos ficam excelentes narrados pelo Lombardi, mas tira toda a magia da série. Não precisa mudar, só traduz se for o caso, ou mantem o original.

Bem, se eu for falar de DDD (não façam piadas ou analogias à 90's série de propaganda da Embratel dos três gordinhos), eu passaria horas aqui, de tão boa que é a série e o quanto melhora a cada episódio, então tentarei ser objetivo e evitar falar spoilers e/ou comentários sobre detalhes da série. A série vai ao ar nos EUA através do canal Lifetime (que eu amava assistir nas boas companhias quando tinha dayoff lá... minhas tardes eram regadas a muito programa de entretenimento pop, séries de comédia e reality-shows!). O canal Lifetime é uma extensão da SonyEntertainment, na família A&E Entertainment que até 2008 só exibia séries/programas como Desesperate Housewifes, Frasier e o ProjectRunaway (L). Mas em Julho de 2008, estreiou uma linha de shows própria, um grupo de séries e programas produzidos exclusivamente para o canal, o que foi o caso de DropDeadDiva. A série estreiou em Junho de 2009 e rapidamente elevou os índices de audiência, apesar de sua repercussão ter sido abalada por outras séries aqui no Brasil. Mas lá, segundo fontes - amigos - já é um sucesso de crítica e público, todo mundo gosta e esta louco para ver a segunda temporada que já tem data de estréia marcada para Julho de 2010.
A série é uma dramédia (gênero em alta nos EUA e por aqui também) e veio com tudo para tomar o posto de UglyBetty, que desfaleceu-se em sua terceira temporada e já está com os dias contados, com risco de vir a falecer logo já no final deste quarto ano. No mesmo segmento que a latina Betty, DDD fala sobre superação e quebra de rótulos e preconceitos, só que dessa vez através de um nicho do mercado, MUITO consumidor, porém pouco explorado, nós, os gordinhos.
Qual pessoa que nunca fez uma dieta na vida? Qual pessoa que se sente 100% satisfeito com seu corpo? Ser gordinho é tão ruim assim? Confesso que nunca tive problemas com isso, até porque acho que nós temos nosso potencial e admiradores, logo não é tão problemático. Já pesei 136 kilos e hoje me satisfaço com meus 90, que ainda é um pouco demais, mas pelo menos não corro mais risco de morrer vítima de um ataque cardíaco fulminante ao subir uns lances de escada. Entretanto, ao assistir DDD, o que nos é mostrado é a clara sensação de querer comer como um louco para ser um gordinho feliz e com auto-estima levantada e poder dar um soco na cara de todo mundo. A série levanta a auto-estima de qualquer pessoa, gorda ou magra, e mostra que a auto-aceitação é o caminho para a felicidade e o amor, e é isso que as pessoas querem e enxergam em nós.
Mas qual é a história dessa série? Bem, não vou estragar a surpresa, falando demais, como disse, mas vocês podem acompanhar através da SONY BRASIL ou ainda baixar a temporada completa. Sugiro o site www.themusicnude.com. Lá, entre outras séries, você encontra essa, com legendas boas e um site organizado, fácil de mexer e achar.
Ah, a história. Deixa pra lá, veja e descubra porque DropDeadDiva merece um lugar entre as melhores coisas que me aconteceram em 2009. Afinal, a gente precisa aproveitar a vida, pois só se vive DUAS vezes. (L)


PS1: Ah, uma pequena coisa que esqueci de mencionar no post, a série é mais uma produção Josh Berman, produtor executivo e roteirista de “CSI” e “Bones”.
PS2: Mais um motivo para ver a série? O casal com mais química que eu já vi no mundo até hoje Stacy Barret (a atriz loiríssima April Bowlby) e o anjo da guarda Fred (interpretado pelo fofo Ben Feldman).
PS3: Não sei se se confirma, mas li na internet que a série é baseada em "O Céu Pode Esperar" filme da década de 80. Acredito que não seja, apenas tem a mesma premissa.

domingo, 22 de novembro de 2009

Fikdik: Música Além-Mar.

Como eu estou desenvolvendo um projeto ainda sigiloso sobre Portugal, eu andei pesquisando muitas coisas sobre a cultura geral de lá, pop principalmente. Descobri muitas coisas, legais inclusive. E vai uma dica de música e banda que muito me agradou recentemente. É uma banda que entitula rock-pop, mas acho que está mais para um gênero romantico-pop. A banda se chama TheGift e hoje está na música de abertura da novela Sentimentos, de maior sucesso lá, atualmente. Ou seja, a música está bombando mesmo, é quase a mesma coisa que uma banda brasileira entrar na trilha de abertura de ViverAVida. Os portugueses, o que muita gente talvez não saiba, são tão viciados em novelas quanto os brasileiros. Os brasileiros são mais, é claro, mas lá, já se tornou o carro chefe das emissoras. Bem, isso é assunto para outra hora.
A música se chama Fácil de Entender e o clipe é perfeito... Fikdik!

holofotes na privada, por favor!

eu sou louco e sei disso. vou revelar pra quem quiser. vou gritar pra quem quiser ouvir meu maior segredo: eu tenho uma vida dupla. quando entro no banheiro, fecho a porta, uma nova personalidade (ou novas personalidades) invadem o meu ser. Isso mesmo. Eu falo, converso, conto caso, recebo prêmios importantes, atuo, canto, imagino cenas, escrevo, desenho, pinto, entrevisto, sou entrevistado. todas as minhas personalidades no ambiente de limpeza são célebres. são pessoas importantes que fizeram algo importante para alguém ou para si mesmo.

sabe por qual motivo eu faço isso? por que eu tenho essas personalidades? porque elas são fortes e não são fracas como eu. elas que me dão força para viver mais um novo dia. e no novo dia, quando percebo que não vou ter força, entro no banheiro na desculpa de dar uma 'cagadinha' e canto 'what a wonderful world' na brodway ou então recebo o globo de ouro por minha brilhante atuação no mais novo drama hollywoodiano e saio mais forte, mais feliz, mais intenso. não que eu me esqueça dos meus problemas, não. eu apenas me imagino ser alguém importante para alguém, alguém célebre. alguém que pode me ver além da minha carne.
sei que contando essa loucura, ninguém acredita. mas é a coisa mais real que já escrevi em toda minha vida. acho que quando tiver meus setenta anos, iniciarei minha auto-biografia com este texto, é óbvio que mais revisado e mais maduro.
eu queria viver num banheiro. me trancar num banheiro. lá, eu sou feliz! lá, eu sou importante! lá, eu recebo glórias por quem eu sou! lá, eu sou mais que um simples cagão sentado na privada imaginando idiotices, defecando asneiras. lá, eu sou mais do eu posso ser. lá, eu sou mais do que as pessoas limitam que eu seja.
lá, eu sou intenso.


- texto de 05-03-2007 em www.youngeranddreammer.blogspot

Bad Romance, GaGa-ooh-la-la!


"I want your love and I want your revenge, You and me could write a bad romance" se eu cantasse os versos da própria Lady Gaga para ela mesma, talvez se encaixaria perfeitamente. Não caio de amores por ela, mas não a odeio, como odeio e desejo uma morte estúpida para Madonna, por exemplo. Tá, gente, brinks. Mas não gosto de Madonna, algum problema? Ah, então tá. Ok. Vamos falar da Lady Gaga. Até umas 3 semanas atrás eu só sabia que ela era aquela extravagante que sangrou no VMA e só aparece em público com roupas estranhas. Ah, e é a do PokerFace que tanto tocou no meu intercâmbio. Aí, fui fazer um comentário no meu twitter que não tinha gostado do clipe - vazado na época - de Bad Romance. Quase apanhei literalmente de muitos amigos, inclusive de um que cito aqui, @alexandremattos.
Na ocasião, pude me explicar para ele, então as coisas se normalizaram, mas o que disse foi que não achava o melhor clipe do mundo ever como estava sendo mostrado pelas pessoas. E que não era um clipe tão bom assim... Tinha seus méritos? Sim, mas era normal. Medíocre, na média. Entretem, o que para ela, está ótimo! Acho que era isso que ela queria mesmo! O clipe tem uma edição legal, tem uma estrutura narrativa linear até interessante e figurinos interessantes, muita referência à cultura pop, de uma maneira subversiva.
Mas o que quero falar aqui é o que me questionei esses dias. O que é a Lady Gaga? Uma cantora com pontencial e boas músicas ou uma performancewoman que faz a linha "ManhêêÊ, olha como sou extravagante!". Tá, gente, isso nem é dela, isso é do mercado, ela precisa chamar a atenção de alguma forma e conseguiu. Mas acho que ela merecia mais, muito mais. Pois comparando com as "divinhaspop" da atualidade ela se destaca com uma boa voz, boas letras, músicas interessantes e apresentações marcantes. Mas o produto-LadyGaga, vai até quando? Eu acho que tem prazo de validade. Uma hora uma coisa ou outra vai acontecer e nem é preciso ser vidente para ver: ou o público cansará dela ser sempre essa metamorfose ambulante, dando mais destaque para a sua atitude shegay, do que para o que ela pode oferecer, ou faltará criatividade e cores na escala de cores para usar em suas roupas. Até quando vai durar essa imagem dela? Enquanto isso, os fãs pocpoquemente vangloriam mais o #émeujeitinho dela e não conhecem a verdadeira Gaga, que basta uma googlada e uma youtubada bem dada pra conhecer a garota de 24 anos, formada em Artes em NovaYork e extrema conhecedora de música clássica e arte contemporânea, além de uma visionária compositora. O que pesa mais hoje em dia? O quanto ela vai sangrar no próximo VMA ou até onde ela pode ir?
Ah, e não estou falando que esses espetáculos dela são ruins, pelo contrário. Adoro, me choco e acho legal. A minha crítica vai para quem gosta e ouve, de verdade, como eu passei a gostar. (Speechless é a melhor música dos últimos tempos EVER. E diz tudo sobre mim nos últimos tempos *___*) O conjunto sendo bom não nos impede de olhar além. Prontofalei.

*corre* *jogandopedrasemmim*

fikdik: 500 Days of Summer

Sim, a tradução para o titulo filme foi necessária para ter um apelo popular e para pessoas que não sabem falar inglês - sim, ainda há. Mas perde-se todo o encanto trocar 'of Summer' por 'com ela'. E inclusive perde a piadinha do final. (Tá bom, não vou contar o fim do filme!)
Sem dúvidas, um filme despretensioso que ganhou toda a minha consideração e corre o risco de ocupar a lista dos top 10 filmes. Bem, pode ter sido culpa do momento que se encaixou perfeitamente, sim, pode, mas não houve uma só pessoa que me falou sobre o filme com menos valor que ele pudesse ter. Ele é fantástico!
Além do risco de ocupar essa lista, ele pode liderar o ranking das melhores comédias românticas de todos os tempos, e olha que eu gosto MUITO do gênero, apesar de batido. Entretanto, acho um pouco leviano limitar o filme apenas ao grupo das comédias românticas. Ele tem sua graça, tem seu romance, tem seus draminhas, mas ele é do tipo de filme que não faz parte de um grupo, o último que vi nesse sentido foi Little Miss Sunshine. Mas foi lançado no Brasil como comédia-romântica e com o título de 500 dias com Ela.
A história é simples: um jovem que acredita no amor se apaixona por uma garota e a película narra os 500 dias, desde o momento em que eles se conheceram, até o... o grande final que não vou contar. Só que esse filme têm dois méritos de romper o paradigma das comédias românticas, o primeiro: ela não é apaixonada por ele. Ou seja, aquela história de dois se apaixonarem e serem felizes para sempre (ou não) é quebrada. Ele ama, ela não. Eu já vi esse filme? Ou vivi! Ah, sim. Taí a tal identificação que falei.
A segunda quebra do paradigma é a narrativa fora de ordem que o filme traz pro público que vai montando o quebra-cabeça. A primeira cena acontece no dia 250, por exemplo. Depois volta pro dia 10, depois dia 400, depois dia 1 e por aí vai.
Sem saber nada sobre o diretor, apenas me encatado com a sinopse, eu assisti o filme e percebi uma atmosfera meio MTVfeelings. E não é atoa, o diretor vem de direção de clipes, e estréia em seu primeiro longa, com sucesso. Muito sucesso, por sinal. Apaixonantemente, ele nos conduz a uma história que poderia ser a minha, a sua e a de qualquer pessoa que veja. Finais felizes não existem. Relacionamentos acabam, nem que seja com a morte de um deles. E é um choque de realidade super necessário. Outro ponto alto do filme, sem dúvida é o elenco, mesmo os secundários, que acabam chamando a atenção, como a dupla de amigos dele, ou ainda a irmã dele, que faz algumas aparições, como uma madura adolescente de 12 anos. Mas o casal principal é perfeito: ele é o ator Joseph Gordon-Levitt não tão conhecido assim (só lembro dele em Halloween H20) e ela é a atriz e cantora de uma banda alternativa, que inclusive está na trilha sonora do filme e vale a pena ouvir, Zooey Deschanel , que já vem de outros filmes antes, como o desnecessário The Happening. Os dois tiveram tanta química que é impossível não sofrer ao vê-la abandonado-o. Tenso!
Cenas que eu destacaria: quando os dois entram numa loja tipo TokStok e fingem ali ser a casa dos dois, ou de um casal normal e são surpreendidos na cama por uma família de chineses. A cena é linda, fofa e engraçada ao mesmo tempo! Outra cena que eu destacaria é a de Tom saindo do seu apartamento após a primeira noite com Summer, num momento musical. Vai dizer que você nunca fez essa cara de feliz e que nunca desejou que sua vida em alguns momentos fosse um musical, onde as pessoas na rua dançam com voce? Impagável, tem inteira no Youtube, pesquisaê!
Outros elogios rasgados? Ao roteiro, bem amarrado e com diálogos fortes, mas sem parecer "manhêêÊ, uso xadrez com listrado!". A cena do diálogo sobre o que seria o amor na cafeteria é demais. Algo mais ou menos assim, pra dar água na boca: "tom: what happens when you fall in love? summer: you believe in that? tom: it's love, it's not santa claus."
Já chega de falar do filme, né? Então fikdik e assisteae.
E só pra terminar, eu adoraria uma continuação: "500 days with Autunm"! Oh, contei o final do filme. Malzaê!

.O Chamado e outras histórias

Eu adoro domingo por isso. Foi o que acabei de falar com uma amiga no messenger. E realmente, domingo apesar de dar aquela depressão singela de fim de semana acabando, dá aquela outra sensação que é boa, tudo pode começar. O pôr-do-Sol sempre estará por volta das 6h da manhã, dependendo da sua latitude, claro. Você não tem poder sobre isso. Ninguém tem... Ele está lá, apenas lá. Não adianta chorar, espernear, gritar, dar pulos de alegria, ou ainda de tristeza. Estará lá.
Domingo. Ah, que doce domingo que eu tive! Eu estou aprendendo a valorizar aquilo que tenho, mesmo que eu não tenha o melhor e minha terapeuta -uma amiga, me indicou fazer sempre isso. Antes que eu fico com fama de mal-comido, ranzinza ou coisa do gênero. Então tá bom do jeito que tá, eu tenho que aproveitar o que tenho. É melhor tratar uma consternação eterna do que uma incapacidade de curtir o momento.
Já vinha com planos para voltar com o blog há muito tempo, mas me faltava tempo e tinha certa dificuldade com as palavras e com as pessoas. Mas hoje eu me ocupei por estar aqui por alguns momentos e dar um novo rumo, bem coisa de domingo - como o sorteio da Telesena, a este futuro jornalista e/ou escritor que vos envia palavras sem sentido. Ontem, um amigo me mostrou um blog dele e foi o pontapé inicial que faltava. Conteúdo eu tenho, falta só treinar, desculpa a modéstia. Vou reservar esse espaço a falar de futilidades, de análises sobre minha vida, sobre eventos que ocorrerem, e críticas aquilo que gosto como filmes, séries, músicas e todo o mais. Eu farei o que sempre fiz muito bem, serei egoísta, num espaço onde eu que mando e eu que tenho todas os caminhos pra decidir.
Nunca mais deixo o WMP no aleatório, costuma ser perigoso, como foi agora, mas pelo menos eu ri no meio de um post desnecessário. Fênix é uma ave lendária que renasce das cinzas. Saca Samara? Imagina ela no fundo do poço subindo? Fui ter com ela há uns meses atrás, e ó, ela nem é tão ruim assim, o tempo que passou nem foi ruim e hoje estou vivão, que nem Jesus na camisa da Brinks. Tô vivão.
E as outras histórias ficam para conteúdo posterior. São tantas. Logo, não faltarão assuntos.
No mais, ALOHA! ao mundo virtual que me abrigou por tanto tempo e eu o filho pródigo.