quarta-feira, 25 de novembro de 2009

mousse de manga


Esse blog já está quase virando um espaço próprio para comentários e resenhas de filmes e séries, ao contrário do que eu queria e previa. Mas acho que é a falta de tempo para criar posts mais significativos sobre o que acontece fora desse eixo, que ocupa boa parte da minha vida, seja por obrigação, seja por prazer. Denominei então ao espaço 'mousse de manga' para tratar sobre textos que fugirem do propósito, textos pessoais, sobre dilemas unicamente próprios. Antes filmes e séries fossem tudo em minha vida.
O mousse de manga tem um grande significado para mim, o significado de mundança, de recomeço, de mergulho e emergir, num só respirar! O que mais me assustou no ano de 2009, certamente foi a minha extrema capacidade de construir, desconstruir e reconstruir coisas, sentimentos e pessoas. A culpa está na minha intensidade, ou como um amigo me descreveu em um depoimento: "há quem diga que viver perigosamente, mudar-se constantemente ou apaixonar-se semanalmente é caráter patológico. outros acham que é só fogo no rabo. independente disso, acredito que seja a maneira mais passional de se viver. quem disser que nao queria para si, mente.", é acho que ele está certo, nada melhor me define. E por ser tão assim, assim, que eu permaneço em pé. Faço tudo tanto que acaba rápido. É ótimo para as coisas ruins, mas péssimo para as coisas boas. Mas pelo menos, eu vivo.
Era dia 14 de Julho, quando numa rodoviária, vi o meu destino mudar. Me ofereceram um halls de mousse de manga, aceitei para experimentar. Entretanto, não provei naquele minuto, talvez porque não era correto misturar doce com um salgado amargo que estava na minha boca. Mas peguei a pastilha, o sorriso e o telefone. O primeiro e o último, eu guardei no bolso. O sorriso fez borboleta e sumiu pelo ar.
Era um ônibus, mas a viagem foi bem turbulenta, como a de um avião em pane. Durou uns 3 ou 4 dias, doia muito, mas estava confortado. Quando era noite, olhei no bolso da calça que vestira na ocasião descrita acima e relembrei da bala, do telefone e principalmente do sorriso. E fui feliz. Taí, o lado bom de vive bem e intensamente. Nada mais ali existia, ou talvez um pouco de ego remoído, partido e/ou desejando vingança. O que logicamente me fez rir dias depois quando nada daquilo fazia significado e já havia experimentado o novo sabor do halls, que seria limitado, mas me mostraria que existem vários sabores de bala no mundo e, além disso, várias marcas. Ainda encontraria uma que poderia chamar de preferida.
E quando eu experimentei a bala, a sensação foi única. O sabor da manga me preencheu, como o novo ar que chega para a vela da navegação ser guiada, para uma direção sublime e distinta. E recomecei.
Desde então, escolhi o mousse de manga como o emblema da minha fênix interior, porque eu mudo e sou intenso e eu vivo, porque me mudo constantemente, vivo perigosamente e me apaixono semanalmente, seja patológico ou fogo no rabo, porque assim sou eu, doce, diferente e marcante, senão para os outros, para mim mesmo, o que já basta, convenhamos...

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