domingo, 22 de novembro de 2009

fikdik: 500 Days of Summer

Sim, a tradução para o titulo filme foi necessária para ter um apelo popular e para pessoas que não sabem falar inglês - sim, ainda há. Mas perde-se todo o encanto trocar 'of Summer' por 'com ela'. E inclusive perde a piadinha do final. (Tá bom, não vou contar o fim do filme!)
Sem dúvidas, um filme despretensioso que ganhou toda a minha consideração e corre o risco de ocupar a lista dos top 10 filmes. Bem, pode ter sido culpa do momento que se encaixou perfeitamente, sim, pode, mas não houve uma só pessoa que me falou sobre o filme com menos valor que ele pudesse ter. Ele é fantástico!
Além do risco de ocupar essa lista, ele pode liderar o ranking das melhores comédias românticas de todos os tempos, e olha que eu gosto MUITO do gênero, apesar de batido. Entretanto, acho um pouco leviano limitar o filme apenas ao grupo das comédias românticas. Ele tem sua graça, tem seu romance, tem seus draminhas, mas ele é do tipo de filme que não faz parte de um grupo, o último que vi nesse sentido foi Little Miss Sunshine. Mas foi lançado no Brasil como comédia-romântica e com o título de 500 dias com Ela.
A história é simples: um jovem que acredita no amor se apaixona por uma garota e a película narra os 500 dias, desde o momento em que eles se conheceram, até o... o grande final que não vou contar. Só que esse filme têm dois méritos de romper o paradigma das comédias românticas, o primeiro: ela não é apaixonada por ele. Ou seja, aquela história de dois se apaixonarem e serem felizes para sempre (ou não) é quebrada. Ele ama, ela não. Eu já vi esse filme? Ou vivi! Ah, sim. Taí a tal identificação que falei.
A segunda quebra do paradigma é a narrativa fora de ordem que o filme traz pro público que vai montando o quebra-cabeça. A primeira cena acontece no dia 250, por exemplo. Depois volta pro dia 10, depois dia 400, depois dia 1 e por aí vai.
Sem saber nada sobre o diretor, apenas me encatado com a sinopse, eu assisti o filme e percebi uma atmosfera meio MTVfeelings. E não é atoa, o diretor vem de direção de clipes, e estréia em seu primeiro longa, com sucesso. Muito sucesso, por sinal. Apaixonantemente, ele nos conduz a uma história que poderia ser a minha, a sua e a de qualquer pessoa que veja. Finais felizes não existem. Relacionamentos acabam, nem que seja com a morte de um deles. E é um choque de realidade super necessário. Outro ponto alto do filme, sem dúvida é o elenco, mesmo os secundários, que acabam chamando a atenção, como a dupla de amigos dele, ou ainda a irmã dele, que faz algumas aparições, como uma madura adolescente de 12 anos. Mas o casal principal é perfeito: ele é o ator Joseph Gordon-Levitt não tão conhecido assim (só lembro dele em Halloween H20) e ela é a atriz e cantora de uma banda alternativa, que inclusive está na trilha sonora do filme e vale a pena ouvir, Zooey Deschanel , que já vem de outros filmes antes, como o desnecessário The Happening. Os dois tiveram tanta química que é impossível não sofrer ao vê-la abandonado-o. Tenso!
Cenas que eu destacaria: quando os dois entram numa loja tipo TokStok e fingem ali ser a casa dos dois, ou de um casal normal e são surpreendidos na cama por uma família de chineses. A cena é linda, fofa e engraçada ao mesmo tempo! Outra cena que eu destacaria é a de Tom saindo do seu apartamento após a primeira noite com Summer, num momento musical. Vai dizer que você nunca fez essa cara de feliz e que nunca desejou que sua vida em alguns momentos fosse um musical, onde as pessoas na rua dançam com voce? Impagável, tem inteira no Youtube, pesquisaê!
Outros elogios rasgados? Ao roteiro, bem amarrado e com diálogos fortes, mas sem parecer "manhêêÊ, uso xadrez com listrado!". A cena do diálogo sobre o que seria o amor na cafeteria é demais. Algo mais ou menos assim, pra dar água na boca: "tom: what happens when you fall in love? summer: you believe in that? tom: it's love, it's not santa claus."
Já chega de falar do filme, né? Então fikdik e assisteae.
E só pra terminar, eu adoraria uma continuação: "500 days with Autunm"! Oh, contei o final do filme. Malzaê!

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