sábado, 11 de abril de 2009

Acabou-se o que era doce?


Acabou-se o que era doce?

Os teóricos atuais da Comunicação no Brasil estudam muito sobre o novo perfil do público. A TV que antes era – e ainda é – o veículo mais importante de comunicação de massa, vem perdendo e perdeu poder nos últimos anos. Algumas pessoas dizem que com melhoria da economia, outras opções passaram a concorrer com as emissoras de TV, que até então era o único meio gratuito de diversão para milhões de brasileiros. Outros mais tendenciosos diriam que é a concorrência com a internet. Está bem, vamos pensar um pouco. Uma família de classe média baixa, que acaba de comprar seu primeiro computador. Este computador fica na sala, assim como a TV. Digamos, que de acordo com o censo demográfico de 2000, essa família é composta por 5 pessoas. Pai, mãe e três filhos. Acho muito pouco provável que todos os cinco desliguem a coitada da televisão e se estapeiem por um lugar na frente do monitor do computador. Não há nada de científico nisso, é lógico. Isso sem contar que a internet banda-larga ainda não está popularizada, com fácil acesso ao público D e E.
Então, podemos ter duas confirmações: o nível da TV aberta no Brasil caiu, pois quem assiste hoje, são os retardatários da TV a cabo e da Internet e seu padrão de qualidade não evolui, logo como “poucos” consumidores (ainda a maioria, apesar de poucos, comparando-se aos anos anteriores) não há necessidade de “mexer em time que está ganhando”.
A outra confirmação é que pode-se afirmar, contraditoriamente à constatação anterior, que o público, SIM, está ficando mais consciente e questionado, sabendo o que é manipulação voluntária e involuntária, sabendo o que consiste em produção de idéias e conceitos sociais. O que vale ou não vale a pena assistir.
Qual das duas é a mais próxima da realidade? Não será um pequeno artigo em um blog que irá compor as respostas para a pergunta, pois será necessário muito tempo de estudo, mas é certo que com os estudos estatísticos que se tem hoje, a TV poderá entrar para a história como o primeiro meio de comunicação de massa a se extinguir. O que está fazendo as pessoas que desligam a TV a cada dia mais? Qual o novo meio? Ou ele não existe? Basta acompanhar as cenas dos próximos capítulos dessa novela que as grandes emissora brasileiras estão sofrendo: lucro, mas até quando?

É, me parece que a campanha da MTV "Desligue a TV e vá ler um livro", deu certo. Mas será que estão lendo livro? Ou desligaram a TV antes de ver a segunda ordem da oração?

Bizaho!


Adoro bizarrices, acho engraçado como existe um nicho do jornalismo que se dedica exclusivamente nesse tipo de apuração. Notícias irrelevantes, fait-divers com a intenção de fazer rir. Jornalismo virou show de humor.

A mais bizarra do momento foi a mãe que foi multada por ligar muito para o filho. Ele se cansou de receber tantas ligações da mãe e entrou na justiça. Fica a dica, mães do mundo.

[de http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1080524-6091,00-AUSTRIACA+QUE+LIGAVA+ATE+VEZES+POR+DIA+PARA+O+FILHO+LEVA+MULTA.html]

Uma mulher austríaca de 73 anos que bombardeou seu filho com ligações telefônicas durante dois anos e meio foi multada por um tribunal por persegui-lo, segundo publicou na quinta-feira (9) a imprensa do país.

A mulher, que telefonou para o filho até 49 vezes por dia, foi multada em 360 euros pela Justiça da cidade de Klagenfurt.

"Eu só queria falar com ele", disse a mulher ao tribunal, segundo o jornal austríaco "Kleine Zeitung".

"Eu não posso falar com meu filho nem a minha filha. Eu nunca vi meu neto, que já tem cerca de 15 anos de idade", disse ela.

O caso foi parar na Justiça após denúncia do filho. O tribunal não revelou os nomes das pessoas envolvidas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

. O Foca e a caneta


Nem sonhava em viver uma crise aos 21 quando comprei essa foca na lojinha de presentes do Vancouver Aquarium, no Canadá. Acho que é o peso dos 21 anos que me pegou de algum jeito, afinal, ela significava mais para mim naquele momento que o meu aniversário recém-comemorado. Uma foca que empina uma caneta maior ou do tamanho que ela, com o segredo de duas partes antagônicas de um imã, sendo fixa na caneta e no nariz da foca.

Nem sonhava em descobrir os fascínios de escrever sobre aquilo que detestava, como no momento em que comprei o famigerado mamífero com corpo hidrodinâmico de uma mescla entre o plástico e o acrílico. Escrevo então, e apresento de uma vez, como um foca, nao o das Phocidae, mas como um iniciante da arte de falar o que dizem ser a verdade, mas fica isso para outrora.

Na verdade, na verdade, falando sobre a verdade, vou falar sobre tudo aquilo que sei, que não sei, que quero e que não quero. Vou falar. Empinando SEMPRE a minha caneta no nariz.