sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

como ficar paranóico com um seriado.

Cheguei a essa série por intermédio de Brendan Hines, que interpreta o Eli Loker - o estagiário na Lightman Group, que é um dos melhores cantores dos últimos tempos e uma das pessoas mais simpáticas que eu já tive contato. (ele é o segundo da esquerda para direita na foto acima) e todos sabem que policial (investigações e trocas de tiros) nunca foi meu gênero preferido no cinema e na TV, apesar de ter algumas curtições, como 24 Horas e outras séries. Entretanto, ano passado surgiu na TV Americana um seriado que modifica todos os padrões de séries policiais já existentes. Sim, ainda tem aquela mesma fórmula de sempre: um caso, todo o passo-a-passo para resolver o problema, a solução à lá Scooby-Doo e o fim. Mas vai além, porque é uma série que não fala apenas de mistérios, muito pelo contrário, o caso fica em segundo, ou as vezes, em terceiro plano. A empatia do elenco, as histórias mirabolantes (o único exemplo no planeta a me fazer errar em todos os episódios) e a direção/edição angustiante são pontos positivos, mas nenhuma ganha do maior mérito da série, falar daquilo que está em nós mesmos e é o nosso maior medo (da gente para o mundo e do mundo para a gente): a mentira.
Baseado nos estudos comportamentais de um cientista da Califórnia, os produtores da série criaram uma mitologia em volta da mentira e para isso, usa-se de artifícios de comparação e de que qualquer um pode entender quando alguém mente. Ok. Essa é a história principal, o relacionamento humano. Tem gente que assiste a série achando que tema principal é um grupo de cientistas especialistas em detectar mentiras ajudando o FBI em casos complicados. Mas não, a verdadeira história está na base de tudo: como se relacionar no trabalho, na família e no amor com alguém que é um especialista em mentira? Sendo que cada pessoa mente 6 vezes a cada hora, o que fazer para não ser julgado por eles? E entender que é mais importante que a mentira é o motivo da mentira. Daí posso indicar 3 grandes episódios: o do casamento dos filho do embaixador da Coréia do Sul (que tem um desenrolar e um final eletrizante), o caso do incêndio na casa da família para ganhar o seguro (que você fica 10 dias com o queixo caído) e o emocionante episódio onde contratam o grupo para descobrir se a modelo africana está mentindo sobre o lançamento do livro e no mesmo episódio o senador contrata para descobrir se a namorada o traia (onde se descobre que muitas mentiras são boas e honestas).
Bem, no Brasil, exibida pela FOX (como lá) recebe o nome de ENGANA-ME SE PUDER e teve o fim da primeira temporada exibida por agora. A segunda temporada está no fim nos Estados Unidos e teve uma grande melhora, principalmente por darem mais espaço aos personagens secundários e à vida pessoal do Dr. Cal, deixando cada vez mais de ser uma série episódica, para ter aquela cara de NOVELÃO.
A tempo, o DVD da primeira temporada é vendido nas Americanas pelo exorbitante valor de 129 reais, o que é caro para um box sem extras e com 12 episódios. Mas vale muito a pena e eu não menti em nada, pode conferir depois de assistir as dicas para pegar alguém na mentira. Porque, assim como eu, tenho certeza que todos que vão assistir ficarão paranóicos e tentarão achar falhas por aí. Terapia JÁ!

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