Ela estava quieta no seu canto, ele veio, puxou-a pra dançar, ela aceitou. Duas músicas depois já estavam nús sobre o banco traseiro do carro. Ela foi pra casa e no dia seguinte, ele não recebeu nenhum telefonema.
Anos depois, encontraram-se de novo em um bar. Ela dançava com outro. E pouco antes de terminar a primeira música, ela já estava do lado de fora, entrando em um carro desconhecido. Ele a seguiu. No escuro, ressabiado, bateu com a chave no vidro do carro do outro. Não era outro, era outra, mas isso é pra depois.
- Não imaginava que você era como todas as outras.
- Mas eu sou, todo mundo é como todas as outras.
E seguiu seu caminho.
A outra mulher no caminho para deixá-la em casa lhe perguntou após algum assunto que permitisse tal pergunta:
- Você pensa em ter filhos?
- Você não tem pênis para me deixar grávida.
- Adotar?
- Quero que todas as crianças morram.
Ah, tá. E foi isso. Dias depois, não precisou nem de música. E ela era feliz, embora houvesse quem não acreditasse...
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