sábado, 2 de janeiro de 2010

Samba a Dois!

Quem me ensinou a te dizer
"Vem que passa o teu sofrer"
Foi mais um que deu as mãos entre nós dois
Eu entendo o seu depois
Não me entenda aqui por mal
Mas pro samba foi vital falar em...


Seria uma enorme piada, digna de um sitcom americano se não fosse o trágico destino das pessoas, encenando papéis por outrora renegados, odiados e infelicidados. Neologismos a parte, eu prefiro rir disso tudo e ver que há salvação para a raça humana, já que um bom samba não tem lugar.
Nem se atreva me dizer do que é feito o samba, o amor e todas as facetas humanas que encaramos. Ser mau ou bom é algo digno de noveletas da Televisa, sem quaisquer conflito interno pessoal que cada um revela em si, no decorrer da vida. Ser plano é ser medíocre e sem qualquer inquietude. É ser morto, um morto hipócrita. E viver é o dom da própria vida, que ela nos concede da sua forma mais anárquica existente, o que as pessoas acreditam existir como livre-arbítrio.
Eu sou bom sambista, faço rimas em verso e prosa, além de ter uma boa mulata para divertir nas tardes de domingo, com cerveja, churrasco e tamborim. O bom samba é aquele que é real, que é feito pra dois dançarem, ou aos pares, no mesmo sentido, dois pra lá, dois pra cá, por mais que isso não pareça samba. O encaixe perfeito, que a primeira luz se dá, mas se des-faz com a ríspidez do tempo. É o tempo cruel demais, para os apreciadores dos bons momentos e para os lamúrios dos lamentados. E definir como bom ou como mau é não se dar conta que a história se repete, mas por outro ângulo. Se está no mesmo ângulo desde sempre, inverta seus valores, é possível sim. É bom e nos mantem vivo. E não considere isso um erro, mas uma brincadeira do destino, uma quase-fatalidade, já que saimos sempre vivo de um bom tango.
Mas falamos aqui de Samba, e samba é alegria. E quero sambar até o dia amanhecer. E deixa haver samba no peito de quem...

1 comentários:

Mimari disse...

Um instrumento produz um determinado som. Um instrumento pode tocar as mesmas notas em vários estilos musicais. Um mesmo instrumento pode te sensibilizar de diversas maneiras e por diversas razões. No fim, o instrumento era apenas um só. Samba, pagode, funk, pop, rock... O importante é dançar e deixar os instrumentos comporem as canções até porque nenhuma canção tem graça com apenas um instrumento.

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