sábado, 17 de dezembro de 2011

Homeland: a melhor série de 2011

Homeland já lidera o topo de melhor estréia de 2011. E não é apenas na minha humilde opinião, mas na opinião de todos que assistem, inclusive os que decidem o Globo de Ouro. A série do Showtime está indicada a melhor drama, e digam as línguas de Hollywood, lidera nas chances de ganhar.
A série não há um só defeito e se você ainda não assiste, corre pra assistir. Todo mundo sabe que eu tenho um gosto muito, digamos, variado de série. Eu assisto de tudo, até coisas ruins. Mas sou muito rigoroso naquilo que é bom. Vejo dramas médicos, dramas policiais, comédias estúpidas e séries de primeira linha como Homeland. Eu sei que muita gente torce o nariz para série estilo 24 Horas, com terrorista, polícia, investigação. Mas esqueça tudo que você já viu, a série não tem nada a ver com isso. E muito menos com a série do Jack Bauer. Carrie Mathison (protagonista interpretada pela Claire Danes) não tem nada a ver com este. Muito pelo contrário, num show de atuação, ela nos presenteia com uma agente da CIA completamente surtada, que sofre de transtorno de bipolaridade, que piorou após os ataques de 11 de setembro. Sozinha, Carrie é amargurada e carrega muitas dores, que vamos descobrindo com o tempo.
Longe de mim querer dar uma de Carlton Cuse e dizer que é uma "série sobre pessoas", mas o foco em Homeland não é o terrorismo, as investigações policiais ou algo do tipo, mas as relações interpessoais e uma palavra: confiança. Em quem confiar? Não é a toa que o slongan da série é: "O país o vê como um herói, ela o vê como um traidor", que resume bem a série. A história, baseada numa série israelense chamada "Hatufim/Prisioners of War" e nos apresenta esta personagem de Claire recebendo um segredo de um prisioneiro de guerra: "um soldado americano voltará para casa convertido ao islamismo e pronto para trair a pátria". Eis que anos depois, o sargento americano Nicholas Brody (Damian Lewis) é resgatado após ser dado como morto há oito anos. O retorno de Brody leva Carrie a desconfiar que ele seja o soldado convertido. Só que ninguém na CIA lhe dá ouvidos, pois Brody é o mais novo queridinho da América, que sobreviveu a inúmeras torturas em defesa de seu povo. Paranóia de Carrie? Pista errada? Brody é realmente bom? Eis que ela resolve instalar, ilegalmente, por conta própria, um sistema de segurança na casa do sargento, vigiando cada passo que ele dá, 24h por dia, como num Big Brother. A obsessão de Carrie só aumenta, assim como as pistas positivas e negativas. E ela se vê cada vez mais envolvida com este misterioso homem, como com sua família e seus problemas. Problemas? Durante 8 anos desaparecido e dado como morto, a família de Brody seguiu adiante. Os filhos, que antes eram bebês, agora estão crescidos e a esposa, Jessica (interpretada pela brasileira Morena Baccarin) está em um relacionamento sério com o também sargento e amigo de Brody. A trama se desenvolve de maneira eletrizante. E não pense que te contei a história toda, não. Isso é só a premissa, os primeiros 20 minutos da série. A cada episódio muitas coisas acontecem e todo o drama que se passa nas relações dos personagens, em sua loucura, em sua desconfiança um dos outros, em suas ligações perigosas aumentam a ação da série. Só para terem uma ideia, no quinto episódio, toda essa trama já é revelada e a história caminha em uma direção completamente diferente da que imaginávamos que seria.
Enfim, ouçam o que eu tenho a dizer: Homeland vale muito a pena. Se não valer, podem voltar e reclamar, devolvemos seu dinheiro de volta.
(A série terá seu 12º e último episódio da primeira temporada exibido amanhã. Um episódio duplo, com 90 minutos. E só tenho uma coisa a dizer, o penúltimo episódio deveria conceder à Claire Danes todos os prêmios de melhor atriz desse mundo, APENAS)

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