segunda-feira, 15 de agosto de 2011

melhor que o original

atualização: esqueçam tudo que eu falei. Os dois últimos episódios transformaram a série no pior reality-show do mundo. Mais uma confirmação de que Ryan não tem esse talento todo que as pessoas falam e não passa de uma bichinha que gosta de confete em suas produções, com um conteúdo que não dura mais que alguns episódios. Com Glee foi assim. Com NipTuck foi assim. E não vão me dizer que não foi. Suas séries são como biscoito de polvilho: muito barulho por nada. Só que o nada é o símbolo dessa geração, certo?


Eu sei que já babei ovo por Glee. Sei que era um entusiasta da série no começo da primeira temporada, mas isso acabou. A série, como digo, crepuscularizou-se demais e se tornou nada mais que um fenômeno teen e largou toda a postura crítica que tinha no começo, utilizando-se de clichês, repetições e reduzindo o seus debates ao ponto que adolescentes americanos (não dos mais politizados e inteligentes) sejam capazes de entender. OK, os números musicais melhoraram, mas só. Os plots, por vezes profundos, se perdem em um vazio sem fim. Mas não é de Glee que eu quero falar. É de Glee Project. O reality-show para escolher alguém para fazer parte do elenco, a princípio por sete episódios.
Sou fã de reality-show e dos desdobramentos que eles tomam. Reality de música, sempre foram os que mais me davam esperanças e ódios. The Voice veio no começo do ano com uma promessa que acabou com uma final fraca, coisa que em 11 anos de American Idol nunca houve um desnível tão grande.
Glee Project não tem participação do público, o que peca no envolvimento. Mas tem a aproximação com os participantes, os losers da vez. Uns nem tão losers, mas ainda assim aproximação. O que a série perdeu, o reality reconquistou: a boa música, a exposição do jovem atual e alguns debates suavemente profundos. Mas o mais interessante, a competição e os participantes, tipos bem válidos para um reality. E alguns barracos, que é obrigação de todo reality.
A temporada se encerra no próximo domingo, com três finalistas que pouco me importa quem ganhe, não torço para nenhum. Mas é impossível não lembrar de alguns rostos e vozes: Ellis, a menininha do começo. Barraqueira e divertida. McKynleigh, uma boa voz, mas faltava personalidade. Cameron, lindo e um ótimo exemplo de personagem da série, mas não era ator. Alex, odiado por muitos, mas uma personalidade forte. O brasileiro (mais loser de todos) Matheus, que era irritantemente chato. A latina putona, Emily. E por fim, a minha favorita, que estou na espera de Ryan, o produtor da série, chamá-la para uma participação, Hanna, a gordinha mais fofa de todos.


O reality foi uma das melhores estréias do ano, soube me deixar tenso em diversos momentos, por mais que tudo não seja uma grande armação e brincadeira do Ryan e cia. De qualquer maneira, deixou o melhor: a esperança de que a terceira temporada de Glee volte às origens. Porque por enquanto digo que já sinto mais falta de Glee Project que de Glee. E isso não parece mudar...

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